Plano de Acção de Doha
O Plano de Acção de Doha para os Países Menos Avançados (DPOA) estabelece o compromisso de promover parcerias com o sector privado para alavancar ao máximo a capacidade de empreendedorismo, inovação, financiamento privado e investimento.
O Plano é vital para os PMAS atingirem os Objectivos e metas de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Para o referido Plano, são necessárias liderança e acções decisivas para acelerar o investimento em sectores que possam desencadear o desenvolvimento sustentável, criar empregos, estimular o crescimento económico e tirar milhões de pessoas da pobreza.
Nesta ordem de ideias, à margem da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Desenvolvidos (LDC5), em Doha, decorreu, desde segunda-feira, o Fórum do sector privado (LDC5 Private Sector Forum) que teve como objetivo promover uma forte colaboração e inovação deste sector para impulsionar as ambições de desenvolvimento dos Países Menos Avançados.
O Fórum do Sector Privado no LDC5 proporciona oportunidades para construir parcerias transformadoras e mobilizar investimentos e financiamentos de longo prazo para concretizar essas ambições.
De acordo com as informações a que o Jornal de Angola teve acesso, as parcerias com o sector privado desempenham um papel f undamental no desenvolvimento sustentável, que pode ser feito por meio da potenciação do empreendedorismo, da geração de empregos, investimentos e do desenvolvimento de tecnologias inovadoras de modo a apoiar o crescimento económico sustentado, inclusivo e equitativo.
O documento refere que o investimento privado em sectores estratégicos como agricultura sustentável, energia sustentável e telecomunicações continuam insuficientes nos PMA. O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) não atingiu os níveis esperados e diminuiu desde o início da pandemia. Além disso, uma grande parte dos fluxos de IDE para os PMA destina-se às indústrias extractivas (petróleo e minas). Não foram criados empregos suficientes, especialmente para os jovens.