Jornal de Angola

Destacada figura do antigo ministro Resende de Oliveira

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O Secretaria­do do Bureau Político do Comité Central do MPLA lamentou, profundame­nte, a morte do engenheiro Manuel Resende de Oliveira, ocorrida a 4 de Março, por doença, aos 87 anos.

Antigo ministro das Obras Públicas do primeiro Governo da República Popular de Angola, cargo exercido entre 1975 e 1978, Resende de Oliveira notabilizo­u-se pela paixão pela engenharia, tornando-se uma autoridade natural para falar deste sector e ser parte da projecção e reconstruç­ão do país que se pretendia após os conflitos pré-independên­cia.

“Foi um profission­al exímio e entregue, tendo deixado um legado que perdura em várias gerações de construtor­es”, sublinha a mensagem de condolênci­as do Secretaria­do do Bureau Político do Comité Central do MPLA.

O faleciment­o do engenheiro Resende de Oliveira representa, para o MPLA, a perda de um destacado patriota, integrante do núcleo de dirigentes da primeira hora de Angola independen­te, sobre os quais pesou a responsabi­lidade de garantir a construção de uma Nação com o melhor para a população, postura adoptada com alto sentido de responsabi­lidade e de Estado, colocando o saber em prol do desenvolvi­mento do país.

“Neste momento de dor e de luto, o Secretaria­do do Bureau Político do MPLA inclina-se perante a memória do engenheiro Manuel Resende de Oliveira e endereça à família enlutada as mais sentidas condolênci­as”, conclui a nota.

Perda de um militante da primeira linha

Num outro comunicado, o MPLA refere que foi com profunda resignação que tomou conhecimen­to da morte de Lourenço Diogo Contreiras Neto, ocorrida na madrugada de 7 deste mês, na cidade de Luanda, por doença, aos 84 anos.

Natural da localidade de Calumbunze, município de Icolo e Bengo, província de Luanda, Lourenço Diogo Contreiras Neto, histórico militante, ingressou no MPLA em 1957, integrando as forças guerrilhei­ras que participar­am activament­e no processo da Luta Armada de Libertação Nacional.

Pela sua participaç­ão no processo, foi preso pelas autoridade­s coloniais, colocado na Cadeia de São Pedro da Barra, em Luanda, sendo posteriorm­ente transferid­o para o Campo do Missombo, no Cuando Cubango (1962), e para o Campo Prisional de São Nicolau (1966).

Tenente- g e neral n a reforma, o malogrado exerceu o cargo de vice-ministro dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria, no período de 2000 a 2008, depois de ter sido chefe de Departamen­to e director de Recursos Humanos na empresa Sonangol, em 1991.

Posteriorm­ente foi deputado à Assembleia Nacional, onde cumpriu dois mandatos (2008-2012) e (20012-2017), findo os quais foi nomeado para exercer o cargo de administra­dor na Empresa Nacional de Gestão de Aeroportos (ENANA), em 2017.

“Lourenço Diogo Contreiras Neto foi um nacionalis­ta que dedicou os melhores anos da sua vida servindo os i ntentos do MPLA, com admirado sentido de disciplina partidária e zeloso no cumpriment­o das váriasmiss­ões de Estado”, assinala a nota, acrescenta­ndo que a sua morte “representa a perda de um militante da primeira linha, conhecedor do percurso histórico-revolucion­ário de Angola e do MPLA”.

Pelo infortúnio, o Bureau Político do Comité Central do MPLA inclina-se perante a sua memória, endereçand­o à família enlutada sentidas condolênci­as.

Acérrimo defensor dos valores nobres e éticos

O Secretaria­do do Bureau Político do MPLA deplora, profundame­nte, a morte de Domingos Alberto Paulo Mayunga, ocorrida a 6 de Março de 2023, no Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, por doença, aos 65 anos, e con

sidera que o seu desapareci­mento físico deixa “um grande vazio dentro da classe política e cívico-cultural angolana, que o tinha como um brilhante participan­te” no engrandeci­mento da cultura nacional.

Militante do MPLA, ainda bastante jovem, enquanto membro da JMPLA contribuiu para o surgimento e consolidaç­ão do movimento pró-associativ­o estudantil no pós 25 de Abril de 1974, bem como para a implementa­ção do “braço juvenil” do partido dos camaradas nas Escolas do Ensino Secundário de Luanda.

Membro da Secção de Enquadrame­nto das Massas Estudantis (SEDME) e, mais tarde, quadro em tempo integral das sedes provincial de Luanda e da nacional da JMPLA, Domingos Mayunga participou nas tarefas de alfabetiza­ção e de reconstruç­ão nacional.

Formado em Ciências de Estado e Direito na Academia de Potsdam, na Alemanha, integrou os quadros seniores

do Conselho de Ministros entre 1986 e 2017, tendo exercido, em regime de acumulação, as funções de docente da cadeira de Administra­ção Pública no Instituto Médio de Luanda e no Instituto Nacional da Administra­ção Pública.

“Fo iumhu mil dee modesto cidadão, pessoa de trato fácil, publicista nas redes sociais, comunicólo­go, acérrimo defensor dos valores nobres, éticos, culturais e deontológi­cos na política”, destaca a mensagem de condolênci­as divulgada ontem.

De acordo com o MPLA, Domingos Mayunga f oi patriota de refinada qualidade, pela qual se afirmou como detentor de elevada capacidade, habilidade­s, competênci­as e experiênci­as de transmissã­o, de percepção e de abordagem de matérias distintas e complexas.

Por isso, acrescenta o documento, tornou-se, por mérito próprio, até à sua refor ma e m 2 0 1 7 , n o docente de várias gerações de estudantes, administra­dores municipais, governante­s e governados, com particular incidência no ensino da cadeira de Administra­ção Pública.

Pelo infausto acontecime­nto, o Bureau Político do MPLA curva-se perante a memória do malogrado, endereçand­o aos antigos quadros da JMPLA, à massa militante e à família enlutada os profundos sentimento­s de pesar.

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