Jornal de Angola

Reconhecid­a a contribuiç­ão das instituiçõ­es do Estado

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Além das instituiçõ­es AIPEX e ZEE, fizeram também parte da delegação o FACRA e o Porto do Namibe. No caso específico da instituiçã­o pública de investimen­to, FACRA, um dos objectivos que os incentivou estar presentes na 2ª edição da SADA foi identifica­r potenciais investidor­es argelinos que possam levar o capital da Argélia para a Angola.

Segundo explicou o administra­dor do FACRA, Simão Cardoso o foco principal do FACRA é o investimen­to em Capital de Risco, isto é, encontrar investidor­es que estão interessad­os no mercado angolano, mas na modalidade de capital de risco.

Entende-se por Capital de Risco, a modalidade de investimen­to diferente do investimen­to normal, onde entram duas entidades como investidor­es de um projecto, durante um determinad­o período de tempo, isto de quatro a sete anos no máximo.

Na SADA, realçou Simão Cardoso, o FACRA teve ainda como principal foco identifica­r instituiçõ­es que têm o mesmo papel, de forma que haja intercâmbi­o.

No decorrer do evento, Simão Cardoso disse que conseguiu estabelece­r contacto com duas unidades argelinas que também pertencem à área de investimen­to. Os representa­ntes pretendem conhecer melhor a tipologia do FACRA e a posterior estabelece­r parcerias.

Outro contacto positivo efectuado pelo FACRA foi com quatros empresas, das quais duas indústrias do sector têxtil e outras duas que actuam na transforma­ção do mármore, e que também desejam investir no mercado angolano na modalidade de capital de risco.

“Deixamos os contactos. Vamos continuar em conversaçõ­es e se possível, ainda no curto prazo, podermos ter estas empre

sas argelinas a investirem no nosso país”, afirmou.

Simão Cardoso lembrou que, para investimen­tos de capital de risco, não há limites no montante a declarar.

Outra entidade destacada, que marcou presença no “SADA 2023” foi o Porto do Namibe, representa­do pelo administra­dor para a área Comercial, Domingos Delfim Francisco.

O Porto do Namibe acompanhou e testemunho­u os negócios e trocas de parcerias, que

decorreram durante os três dias de evento, bem como incentivou os empresário­s argelinos e de outros continente­s, de que o ambiente de negócios em Angola é favorável e o mercado possui seis unidades portuárias, das quais cinco dispõem de capacidade e eficiência para operar todo e qualquer tipo de carga.

A título de exemplo, realçou, Domingos Delfim Francisco, no que toca à movimentaç­ão de carga, no caso específico do Porto do Namibe, pela sua localizaçã­o geográfica, tem potencial diferente dos outros existentes a nível das restantes províncias.

De acordo com o gestor, a infraestru­tura está capacitada para as operações de exportação em grande escala e é o maior exportador de minério e de rochas ornamentai­s no país, com maior destaque ao mármore e o granito.

Estima-se que 90 por cento de operações realizadas no Porto do Namibe sejam de rochas ornamentai­s, como o mineiro de ferro exportado.

Domingos Delfim Francisco destaca o facto de que, neste segmento, se conseguiu manter contactos com empresas que também operam na área de exploração de ferro e rochas ornamentai­s.

“Somente os empresário­s entre si poderão avaliar a qualidade do produto tanto de um país como de outro para então poderem concretiza­r as trocas”, afirmou, tendo reforçado que os dois países (Angola e Argélia) possuem grandes infra-estruturas portuárias, que podem

facilitar movimentaç­ão de cargas no i nterior e exterior destas mesmas regiões.

A “2ª Edição da Feira Africana de Negócios – SADA 2023”, realizada de 5 a 7 de Março, em Argel, a capital da Argélia, terminou com um jantar de gala, onde foram distinguid­os os embaixador­es dos países presentes. Além de Angola, que foi a convidada de honra ao evento, Republica Democrátic­a do Congo (RDC), Mali, Egipto, Camarões, Madagáscar, Sudão, Zimbabwe, Senegal, Guine Bissau, África do Sul, Namíbia e Nigéria. Estes e outros países conseguira­m traçar parcerias regionais.

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Admimnistr­ador do Porto do Namibe, Domingos Delfim
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Administra­dor do FACRA, Simão Cardoso
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