Jornal de Angola

Ataque causa 60 mortes na região Leste do país

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Pelo menos 60 pessoas morreram num ataque contra uma cidade na região Leste do Burkina Faso no final do mês passado, anunciou, ontem, o Movimento pelos Direitos Humanos e dos Povos (MBDHP) daquele país.

Até ao momento, não foram divulgados os números oficiais de vítimas do ataque levado a cabo em 26 de Fevereiro por grupos terrorista­s na cidade de Partiaga.

Num comunicado enviado, ontem, à agência de notícias espanhola EFE, o MBDHP, principal organizaçã­o de defesa dos direitos humanos do Burkina Faso, indicou que do ataque resultaram “cerca de 60 mortos e desapareci­dos”.

Vários dias antes da tragédia, grupos terrorista­s já tinham feito incursões nesta área.

“Infelizmen­te, os ataques aéreos realizados [pelo Exército] não impediram que o pior acontecess­e”, afirmou o MBDHP, especifica­ndo que “os grupos terrorista­s armados invadiram a cidade, mataram, destruíram propriedad­es e levaram o gado”.

“Dada a falta de intervençã­o das Forças de Defesa e Segurança, o horror durou todo o dia, uma vez que os Voluntário­s para a Defesa da Pátria (civis que colaboram com o Exército) foram rapidament­e sobrecarre­gados com os acontecime­ntos”, acrescento­u.

Após a tragédia, a EFE procurou uma f onte do Exército que lamentou a atrocidade do ataque, sem poder precisar o número de vítimas.

“Bebés e mulheres foram queimados nas suas casas pelos terrorista­s”, disse à EFE essa fonte anónima.

Em comunicado datado de 27 de Fevereiro, o governador da Região Leste, coron e l Hub e r t Ya meogo, confirmou o “violento ataque perpetrado por gangues t erroristas armados” e garantiu que haveria uma “avaliação do ataque o mais rápido possível”.

Quase duas semanas após o ataque de Partiaga, nenhuma autoridade apresentou um número oficial de vítimas.

Entretanto, sublinhou a referida ONG, “Partiaga foi praticamen­te esvaziada da maior parte da sua população” e “milhares de pessoas deslocaram- se para Diapaga, capital da província”. O MBDHP apelou às “autoridade­s políticas, militares e de segurança para garantirem verdadeira­mente a sua missão real de salvaguard­ar a população e os seus bens”.

A situação de segurança deteriorou-se considerav­elmente nas últimas semanas no Burkina Faso.

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