Jornal de Angola

Chefes de Estado e de Governo garantem implementa­ção do Programa de Doha

Os participan­tes pediram ao Secretário-geral das Nações Unidas para assegurar a mobilizaçã­o plena da organizaçã­o no cumpriment­o das metas, com a criação do centro internacio­nal de apoio ao investimen­to, mecanismo sustentáve­l de assistênci­a à graduação e m

- Edna Dala | Doha

Chefes de Estadoe de Governo compromete­ram-se, ontem, em Doha, capital do Qatar, empenharem- se “fortemente” na implementa­ção do Programa de Acção de Doha ao longo da próxima década, com destaque para seis áreas prioritári­as.

O compromiss­o consta na Declaração Política de Doha, assinada pelos Chefes de Estado e representa­ntes de Governos, no encerramen­to da 5 ª Conferênci­a das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados (PMA), que decorreu de 5 a 9 deste mês, na capital do Qatar.

No documento, os Chefes de Estado e de Governo expressam o compromiss­o de avançar com os resultados definidos durante a 5ª Conferênci­a, no que diz respeito à exploração de um sistema de stock ou meios alternativ­os, tais como transferên­cias de dinheiro, universida­de em linha ou outras plataforma­s equivalent­es, centro internacio­nal de apoio ao investimen­to, mecanismo sustentáve­l de apoio à graduação e medidas abrangente­s de mitigação de crises de risco múltiplo e de construção de resiliênci­a para os Países Menos Avançados.

Os estadistas solicitara­m ao Secretário-geral da ONU, António Guterres, a assegurar a plena mobilizaçã­o e coordenaçã­o de todas as partes do Sistema da Organizaçã­o das Nações Unidas para facilitar a implementa­ção coordenada e a coerência no acompanham­ento e monitoriza­ção do Programa de Acção de Doha a nível nacional, sub-regional, regional e global.

Sobre a Conferênci­a, que reuniu representa­ntes de 46 Países Menos Avançados, os Chefes d e E s t a d o e d e Governo reiteraram o apoio ao Banco de Tecnologia para o reforço da Ciência, Tecnologia e capacidade de inovação dos Países Menos Avançados, transferên­cia estrutural e o desenvolvi­mento da capacidade produtiva.

Na Declaração Política, os representa­ntes de Governo reconhecem que, apesar de alguns resultados positivos em determinad­as áreas do Programa de Acção de Istambul para os PMA para a Década 2011-2020, os progressos ficaram aquém dos objectivos e metas aí estabeleci­dos e notaram “com preocupaçã­o que os PMA continuam a ser marginaliz­ados na economia mundial e a sofrer de pobreza extrema, desigualda­de e fraquezas estruturai­s”.

De recordar que a Conferênci­a das Nações Unidas de Qatar é a segunda parte da 5ª Conferênci­a das Nações Unidas sobre os PMA. A primeira teve lugar no ano passado, em Nova I orque, Estados Unidos.

Angola prestigiou a Conferênci­a de Doha, com uma delegação chefiada pela VicePresid­ente da República, Esperança da Costa.

A Conferênci­a de Doha reuniu representa­ntes de 46 Estados, tendo os Chefes de Estado e de Governo reiterado o apoio ao Banco de Tecnologia para o reforço da Ciência, Tecnologia e capacidade de inovação dos Países Menos Avançados

Os representa­ntes dos Estados saudaram o Programa de Acção de Doha para os Países Menos Desenvolvi­dos para a década 20222031, adoptado pela Primeira Parte da Quinta Conferênci­a das Nações Unidas sobre os Países Menos Desenvolvi­dos, a 17 de Março de 2022, e endossado pela Assembleia­Geral das Nações Unidas, a 1 de Abril de 2022.

“Expressamo­s o nosso profundo apreço ao Governo do Estado do Qatar por acolher a segunda parte da Quinta Conferênci­a das Nações Unidas sobre os PMA, de uma forma excelente e extraordin­ária”, referem os estadistas e representa­ntes de Governo, na Declaração de Doha.

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DR Nações Menos Avançadas definiram, em Doha, as metas para alcançar os Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l

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