China anuncia fórum de cooperação com benefícios para todo o Mundo
Ministro chinês dos Negócio Estrangeiros, Qin Gang, afirmou, em conferência de imprensa, que o país asiático será um construtor da paz e contribuinte para o desenvolvimento mundial e rejeita acusações de criar “dívidas armadilhadas”
O terceiro Fórum de Cooperação Internacional da China, agendado para este ano, em Pequim, prevê proporcionar ao Mundo conquistas notáveis, com valores de paz e estabilidade, afirmou, em conferência de imprensa, Qin Gang, ministro chinês das Relações Exteriores.
O chefe da diplomacia chinesa, que falava na terçafeira, perante uma centena de jornalistas, nas instalações do Centro de Imprensa Internacional do país, no âmbito do programa de promoção da política interna e externa da China, fez questão de assegurar que a iniciativa de cooperação mundial, também denominada de “Cinturão e Rota” é um projecto de alta qualidade, construído com os países parceiros e cujos benefícios são partilhados pelo mundo.
Esclareceu, no entanto, que com o referido modelo de cooperação, a China nunca deve ser acusada de criar a chamada “dívida armadilhada”, na medida em que o projecto visa garantir o desenvolvimento global sustentável e estabilização das cadeias mundiais de suprimentos e indústrias.
Com a iniciativa de cooperação, disse, o “gigante asiático” espera atrair a participação de mais de três quartos dos países do mundo e superar a margem de 32 organizações internacionais, bem como criar mais de 420 mil empregos em países ao longo das rotas, permitindo afastar da pobreza mais de 40 milhões de pessoas no mundo.
“O mundo está a passar por grandes mudanças jamais vistas e a China vai continuar com a sua política externa independente de paz e a implementar a estratégia mutuamente benéfica de abertura”, acrescentou, Qin Gang, perspectivando boas relações com o continente africano, embora sem nunca especificar as áreas e prioridades.
Revelou que a nação asiá
tica será sempre uma construtora da “paz mundial”, mas também um “contribuinte para o desenvolvimento” dos países, bem como “defensor” da ordem internacional.
Modernização chinesa
O ministro chinês das Relações Exteriores sublinhou, ainda, que a modernização chinesa em curso oferece soluções para muitos desaf i o s e n f r e ntados p e l o
desenvolvimento humano, tendo admitido que para um país com uma população estimada em 1,4 biliões de pessoa s , alcançar a modernização “será um feito sem precedentes na história da humanidade”, de profundo significado.
“Isso acaba com o mito de que modernização é ocidentalização. Cria uma nova forma de avanço humano e fornece uma importante fonte de inspiração para o
mundo, especialmente para os países em desenvolvimento”, enfatizou.
Esclareceu que a modernização chinesa oferece soluções para muitos desafios enfrentados pelo desenvolvimento humano, sublinhando que o sucesso da China prova que “todo o país tem o direito e a capacidade de escolher o seu próprio caminho” e de “manter o seu futuro firmemente”.
Qin Gang destacou, ainda,
que a modernização chinesa não é conseguida por meio da “guerra, colonização ou pilhagem”, tendo explicado ser uma consequência da “dedicação à paz, desenvolvimento, cooperação e benefício mútuo e comprometido com a harmonia entre a humanidade e a natureza”.
O chefe da diplomacia chinesa referiu ser importante incentivar o intercâmbi o ent re os paí s e s e o aprendizado mútuo, “para
que todas as nações floresçam e prosperem juntos”.
O sucesso da China, sustentou ainda Qin Gang, é também uma prova de que l utando pela unidade, podemos reunir f orças, acrescentando que “as divergências partidárias, conversas vazias e as frequentes mudanças políticas”, como visto em alguns países, “apenas farão do melhor projecto uma ilusão e um castelo no ar”.
Iniciativa de cooperação espera atrair a participação de mais de três quartos dos países do mundo e superar a margem de 32 organizações internacionais