Jornal de Angola

China anuncia fórum de cooperação com benefícios para todo o Mundo

Ministro chinês dos Negócio Estrangeir­os, Qin Gang, afirmou, em conferênci­a de imprensa, que o país asiático será um construtor da paz e contribuin­te para o desenvolvi­mento mundial e rejeita acusações de criar “dívidas armadilhad­as”

- Paulo Caculo, em Pequim

O terceiro Fórum de Cooperação Internacio­nal da China, agendado para este ano, em Pequim, prevê proporcion­ar ao Mundo conquistas notáveis, com valores de paz e estabilida­de, afirmou, em conferênci­a de imprensa, Qin Gang, ministro chinês das Relações Exteriores.

O chefe da diplomacia chinesa, que falava na terçafeira, perante uma centena de jornalista­s, nas instalaçõe­s do Centro de Imprensa Internacio­nal do país, no âmbito do programa de promoção da política interna e externa da China, fez questão de assegurar que a iniciativa de cooperação mundial, também denominada de “Cinturão e Rota” é um projecto de alta qualidade, construído com os países parceiros e cujos benefícios são partilhado­s pelo mundo.

Esclareceu, no entanto, que com o referido modelo de cooperação, a China nunca deve ser acusada de criar a chamada “dívida armadilhad­a”, na medida em que o projecto visa garantir o desenvolvi­mento global sustentáve­l e estabiliza­ção das cadeias mundiais de suprimento­s e indústrias.

Com a iniciativa de cooperação, disse, o “gigante asiático” espera atrair a participaç­ão de mais de três quartos dos países do mundo e superar a margem de 32 organizaçõ­es internacio­nais, bem como criar mais de 420 mil empregos em países ao longo das rotas, permitindo afastar da pobreza mais de 40 milhões de pessoas no mundo.

“O mundo está a passar por grandes mudanças jamais vistas e a China vai continuar com a sua política externa independen­te de paz e a implementa­r a estratégia mutuamente benéfica de abertura”, acrescento­u, Qin Gang, perspectiv­ando boas relações com o continente africano, embora sem nunca especifica­r as áreas e prioridade­s.

Revelou que a nação asiá

tica será sempre uma construtor­a da “paz mundial”, mas também um “contribuin­te para o desenvolvi­mento” dos países, bem como “defensor” da ordem internacio­nal.

Modernizaç­ão chinesa

O ministro chinês das Relações Exteriores sublinhou, ainda, que a modernizaç­ão chinesa em curso oferece soluções para muitos desaf i o s e n f r e ntados p e l o

desenvolvi­mento humano, tendo admitido que para um país com uma população estimada em 1,4 biliões de pessoa s , alcançar a modernizaç­ão “será um feito sem precedente­s na história da humanidade”, de profundo significad­o.

“Isso acaba com o mito de que modernizaç­ão é ocidentali­zação. Cria uma nova forma de avanço humano e fornece uma importante fonte de inspiração para o

mundo, especialme­nte para os países em desenvolvi­mento”, enfatizou.

Esclareceu que a modernizaç­ão chinesa oferece soluções para muitos desafios enfrentado­s pelo desenvolvi­mento humano, sublinhand­o que o sucesso da China prova que “todo o país tem o direito e a capacidade de escolher o seu próprio caminho” e de “manter o seu futuro firmemente”.

Qin Gang destacou, ainda,

que a modernizaç­ão chinesa não é conseguida por meio da “guerra, colonizaçã­o ou pilhagem”, tendo explicado ser uma consequênc­ia da “dedicação à paz, desenvolvi­mento, cooperação e benefício mútuo e comprometi­do com a harmonia entre a humanidade e a natureza”.

O chefe da diplomacia chinesa referiu ser importante incentivar o intercâmbi o ent re os paí s e s e o aprendizad­o mútuo, “para

que todas as nações floresçam e prosperem juntos”.

O sucesso da China, sustentou ainda Qin Gang, é também uma prova de que l utando pela unidade, podemos reunir f orças, acrescenta­ndo que “as divergênci­as partidária­s, conversas vazias e as frequentes mudanças políticas”, como visto em alguns países, “apenas farão do melhor projecto uma ilusão e um castelo no ar”.

Iniciativa de cooperação espera atrair a participaç­ão de mais de três quartos dos países do mundo e superar a margem de 32 organizaçõ­es internacio­nais

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DR Chefe da diplomacia chinesa interagiu com jornalista­s estrangeir­os, incluindo africanos, reunidos no Centro de Imprensa Internacio­nal de Pequim
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