Parque de Ciência e Tecnologia vai dinamizar a investigação
Projecto, localizado em Luanda, vai ser um ponto de interacção entre a academia, a investigação científica e o mundo empresarial
O país vai ganhar, em Agosto de 2025, o primeiro Parque de Ciência e Tecnologia, concebido para ajudar mais na diversificação da economia, através da ciência e tecnologia, anunciou, ontem, em Luanda, a ministra do Ensino, Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Maria do Rosário Bragança disse, no lançamento da primeira pedra para a construção do parque, que o projecto vai dar uma nova dinâmica ao sector da ciência, tecnologia e inovação, assim como na valorização dos quadros. “Desta forma poderemos ter, no futuro, recursos humanos melhor qualificados e promissores”.
Após a construção, apetrechamento e operacionalização do projecto, explicou, vai ser possível ter um maior controlo e registo do número de pedidos de patentes dos investigadores científicos angolanos, assim como abrir espaço para mais publicações científicas no país. “É uma forma, também, de criar novos postos de emprego e aumentar a importância do sector não-petrolífero no Produto Interno Bruto (PIB) nacional”.
Orçado em 35 milhões de dólares, o projecto, financiado pelo Executivo angolano e co-financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BDA), vai ajudar a mudar algumas bases do saber científico.
O projecto, salientou, vai permitir, igualmente, uma maior troca de conhecimento sobre tecnologia entre as instituições de Ensino Superior, de investigação científica e empresas do sector. Além disso, continuou, o futuro parque vai favorecer a criação e o crescimento de empresas que se baseiam na inovação.
A governante adiantou que o Parque vai permitir, ainda, a concentração de negócios nas empresas e centros de investigação científica, em especial os de instituições do ensino superior.
A obra, a cargo da empresa PAN-CHINA Construction Group, vai ocupar um espaço de 62.000 metros quadrados, no qual vão ser erguidos nove
edifícios, destinados para empresas. De acordo com a empresa constructora, o projecto vai obedecer várias fases. A primeira, que teve início em Janeiro deste ano, tem a duração de 14 meses e inclui a reabilitação do Centro Nacional de Investigação Científica e do edifício da Faculdade de Ciências Sociais, da Universidade Agostinho Neto.
Com a construção do Parque de Ciência e Tecnologia, a ser localizado em Luanda, a ministra acredita que vai ser possível dar ao Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) a dignidade que merece. “No momento o espaço está em condições de degradação e sem laboratórios”.