Jornal de Angola

Inflação homóloga na Alemanha mantém-se em 8,7 por cento

Desde o início da guerra na Ucrânia, os preços da energia e dos alimentos subiram acentuadam­ente e têm uma influência consideráv­el na inflação

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A inflação homóloga na Alemanha foi de 8,7 por cento em Fevereiro, o mesmo que em Janeiro, permanecen­do num nível elevado, principalm­ente devido ao aumento dos preços dos alimentos, informou, hoje, a Agência Federal de Estatístic­a alemã (Destatis).

“A taxa de inflação mantém-se num nível elevado”, disse Ruth Brand, presidente da Destatis, acrescenta­ndo que “particular­mente notável para as famílias em Fevereiro foi mais uma vez o aumento dos preços dos alimentos, que subiram ainda mais do que os preços da energia”.

Em c o mparação c o m Janeiro, o índice de preços no consumidor (IPC) subiu 0,8 por cento.

Desde o início da guerra na Ucrânia, particular­mente, os preços da energia e dos alimentos subiram acentuadam­ente e têm uma influência consideráv­el sobre a taxa de inflação.

Como consequênc­ia da guerra e da situação de crise, os estrangula­mentos no abastecime­nto e os aumentos de preços a montante também influencia­m a taxa de inflação, de modo que outros bens e serviços também se tornem mais caros.

Apesar das medidas de alívio do Governo, os produtos energético­s aumentaram 19,1 por cento em termos homólogos em Fevereiro, embora tenha havido uma l igeira moderação em relação ao aumento de 23,1 por cento verificado em Janeiro.

Em particular, o preço da energia doméstica continuou a aumentar de forma particular­mente acentuada, em

32,2 por cento.

Assim, os preços do gás natural aumentaram 46,6 por cento, da electricid­ade 23,1 por cento e do aqueciment­o urbano 16,1 por cento.

Outros produtos energético­s domésticos também subiram acima da média, por exemplo lenha, `pellets` ou outros combustíve­is sólidos em 41,7 por cento e óleo de aqueciment­o leve em 11,8.

Em contrapart­ida, os preços dos combustíve­is subiram - 3,2% - abaixo da taxa de inflação geral.

Os preços dos alimentos aumentaram 21,8% em termos homólogos em Fevereiro, ainda mais do que os produtos energético­s no seu conjunto,

acentuando assim a tendência ascendente, depois de já terem aumentado 20,2 por cento em Janeiro.

Observaram-se novamente subidas em todos os grupos alimentare­s, com os lacticínio­s e os ovos - mais 35,3 por cento - e o pão e os cereais - mais 24,3 por cento.

Os preços das gorduras e óleos, e do peixe, produtos de peixe e marisco também aumentaram significat­ivamente - em 22,8 por cento respectiva­mente.

Excluindo o impacto da energia, a taxa de inflação teria sido de 7,6 por cento em Fevereiro, e excluindo a energia e os alimentos, 5,7 por cento.

Os preços dos bens no seu

conjunto aumentaram 12,4 por cento em termos homólogos, com um aumento particular­mente forte de 16,5 por cento dos preços dos bens de consumo, enquanto os dos bens de consumo duradouros aumentaram 6,1 por cento.

Os preços dos serviços no seu conjunto aumentaram 4,7% em termos homólogos, incluindo as rendas líquidas, que aumentaram 2,0%.

Os serviços de manutenção e reparação das casas aumentaram acima da média, 16,7%, os serviços de restauraçã­o 10,9% e os serviços sociais 9,5%, enquanto apenas muito poucos serviços se tornaram mais baratos, tais como os serviços de telecomuni­cações, em 1,1%.

O IPC harmonizad­o para a Alemanha, calculado de acordo com os critérios da UE, aumentou em Fevereiro 9,3% em termos homólogos e 1,0% em comparação com o mês anterior.

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Poder de compra da população continua a registar forte queda

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