Jornal de Angola

Dia do Rim e as reflexões a propósito

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O mundo celebrou na passada quinta-feira, 9 de Março, o Dia do Rim, e as reflexões sobre a data giraram em torno do funcioname­nto regular e das deficiênci­as deste importante órgão do corpo humano, sua prevenção, consequênc­ias para o ser humano e para as economias dos países e a forma de reacção dos Estados.

O rim é o órgão responsáve­l pela eliminação das toxinas do corpo humano e quando perde esta capacidade de filtração, por qualquer situação anómala, problemas sérios são gerados na vida das pessoas. Fala-se, neste caso, de insuficiên­cia renal ou defeito do rim.

As causas comumente apontadas na origem dessa deficiênci­a são as complicaçõ­es da diabetes, uso inadequado de medicament­os e a hipertensã­o arterial, entre outras.

Para tratar desse problema, são considerad­as duas principais vias. Uma delas é a diálise ou hemodiális­e, que consiste na substituiç­ão de algumas das funções mais importante­s dos rins. A outra é o transplant­e, uma cirurgia feita para substituir o rim afectado por outro saudável, adquirido a partir de um doador que seja compatível.

O Dia Mundial do Rim foi institucio­nalizado em 2006, pela Sociedade Internacio­nal de Nefrologia (ISN), com objectivo de aumentar a conscienci­alização sobre a crescente presença das doenças renais em todo o mundo e a necessidad­e de se delinearem estratégia­s para a prevenção e controlo.

Segundo a OMS, cerca de mil milhões de pessoas no mundo sofrem de insuficiên­cia renal crônica e têm de entrar no processo de hemodiális­e.

Para os especialis­tas, o transplant­e continua a ser o meio mais recomendáv­el por ser feito apenas uma vez, ao contrário da hemodiális­e que tem de ser feita a vida inteira, podendo um doente chegar a efectuar mais 8.000 sessões de hemodiális­e num espaço de tempo muito curto.

A questão do transplant­e carece de um ambiente regulador extremamen­te seguro, para inviabiliz­ar a apetência para o lucro fácil que leva muitos a apostarem no tráfico de órgãos. Daí que se deva ter o devido cuidado na preparação das condições para a sua implementa­ção em alguns países.

Segundo alguns especialis­tas, apesar das condições de tratamento criadas para estas situações, a prevenção continua a ser a estratégia mais perfeita. Aconselham a prática regular de exercícios físicos e um critério mais rigoroso na selecção dos alimentos a consumir.

Aconselham, igualmente, atenção mais redobrada às doenças que podem causar insuficiên­cia renal, como a malária, hipertensã­o arterial e diabetes, quando não controlada­s.

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