Ministério da Defesa pede desculpas à população
O vice-ministro da Defesa do Gana, Kofi AmankwaManu, pediu, ontem, desculpas pelos excessos dos militares cometidos por soldados enviados para Ashaiman, subúrbio em Accra, anunciou a Efe. Os militares terão provocado o caos na zona de Ashaiman, na terçafeira, com helicópteros a sobrevoarem a área, porque um jovem oficial militar, Imoro Sherrif, foi supostamente esfaqueado na cidade, isso no sábado passado.
As Forças Armadas de Gana (GAF) referiram que a operação na área para encontrar os assassinos de um militar foi sancionada pelo alto comando. “O GAF deseja afirmar, categoricamente, que a operação militar, que foi sancionada pelo Alto Comando Militar, não foi para vingar a morte do soldado, mas sim para encontrar os autores do crime hediondo”, disse em comunicado. As Forças Armadas do Gana informam que, na sequência das operações em Ashaiman-taifa e Tulaku, os militares detiveram cerca de 184 suspeitos com idades compreendidas entre os 21 e 47 anos que foram entregues à Polícia Militar.
Esta não é a primeira vez que civis, no Gana matam um militar. Em Maio de 2017, um oficial do Exército foi linchado por uma multidão furiosa de moradores da cidade em Denkyira-obuasi, na região Central do país. O capitão Maxwell Adam Mahama saiu para uma corrida matinal e estava com a arma na mão. Segundo relatos, o oficial do Exército parou para pedir informações, os moradores viram a sua arma e presumiram que ele era um ladrão armado e foram alertar outras pessoas. Mahama foi atacado por uma multidão, apedrejado até à morte e parcialmente queimado.
Exercício conjunto
Um grupo de soldados africanos estão a participar em Accra num exercício anual de contraterrorismo liderado por militares dos EUA. Os exercícios Flintlock 2023, um treino de duas semanas, decorreram no Gana e na Costa do Marfim.