Jornal de Angola

1º de Agosto derrota Interclube e consolida segunda posição

Estratégia de Lazare Adingono anulou todas as investidas preparadas na estreia de Emanuel Quezada nos polícias

- Juscelino da Silva

sénior masculina do 1º de Agosto venceu ontem, no Pavilhão principal da Cidadela Desportiva, o Interclube por 85-82, em jogo de acerto da 15ª jornada da última fase regular do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebo­l.

A equipa orientada pelo camaronês Lazare Adingono entrou apática no jogo, um efeito psicológic­o, resultante das estreias de Emanuel Quezada e Xavier Gibson.

Os anfitriões tomaram conta da quadra e anularam os pontos fortes do adversário. Valdelício Joaquim era o dono das tabelas. O Interclube terminou o primeiro quarto com vantagem de cinco pontos: 25-20.

No segundo quarto, os militares imprimiram velocidade e contrariar­am o favoritism­o dos vice-campeões. Lazare Adingono mexeu no xadrez, conversou com os atletas e a mensagem foi bem recebida. O base Delcio Sebastião era o “sapador” da quadra. O “pequeno-grande” base carregou os companheir­os para o triunfo. Antes do apito para o intervalo, o placard apresentav­a 42-50, favoráveis aos forasteiro­s.

No reatamento, o Interclube perdeu a defesa. Nem Carlos Dinis, líder da equipa técnica, nem Emanuel Quezada e pares tiveram arte e competênci­a para travar a artilharia militar. O “fogo” ofensivo abriu uma vantagem de 12 pontos, colocando o oponente sempre a correr atrás do resultado.

Carlos Dinis não gostava do que via e, várias vezes, solicitou desconto de tempo para estancar a “hemorragia” ofensiva do 1º de Agosto. Os militares sabiam o que estavam a fazer na quadra ao contrário dos polícias. Mesmo com o apoio da massa associativ­a não encontrava­m os caminhos para contornar a má fase.

L a z a r e Adi n g o n o e turma venceram o terceiro quarto por 70-62, oito pontos de diferença que espelhavam a supremacia dos rubros-negros.

No quarto e último período de jogo, Carlos Dinis começou a partida com o extremobas­e Emanuel Quezada no banco por um período de seis minutos. Xavier Gibson demonstrav­a algum cansaço e foi penalizado com cinco faltas. A responsabi­lidade de remar contra a maré recaiu para o poste Valdelício Joaquim e o extremo Fidel Cabita.

Ainda assim, foram os rapazes do Rio Seco que mandavam na quadra com j ogadas ensaiadas e de encher os olhos para a alegria do treinador. Lazare estava sentado, calmo e sereno. Assistia à exibição dos rapazes que cumpriram bem as orientaçõe­s técnicas.

Quando faltavam três minutos para o final, o Interclube puxou dos galões e encostou o 1º de Agosto à parede. A pressão reduziu o resultado para seis pontos. Os polícias tiraram proveito dos erros defensivos e a displicênc­ia no ataque militar, mas tudo estava escrito.

A um minuto do final, o Interclube tinha tudo para passar à frente do resultado, mas Emanuel Quezada falhou um dos lances livres e permitiu à antiga equipa sair para o ataque e fixar o resultado final em 82-85.

Mesmo a contar com os reforços dos norte-americanos, o Interclube foi incapaz de travar as intenções do conjunto “militar”, orientado pelo técnico Lazare Adingono.

Noutros jogos, Petro de Luanda derrotou Desportiva Kwanza por 120-68 no acerto da 27ª ronda no Pavilhão 28 de Fevereiro. Hoje, o Interclube defronta o Petro-b às 18h00, no pavilhão 28 de Fevereiro, em partida de repetição, devido ao incidente com o extremo Cristiano Xavier, que havia caído inanimado e socorrido numa unidade hospitalar.

O Desportiva Kwanza recepciona o 1º de AgostoB, às 15 horas, no mesmo pavilhão.

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ADRIANO CAHULI | EDIÇÕES NOVEMBRO Militares do Rio Seco estão com bons níveis competitiv­os antes da última fase da competição

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