Economistas enaltecem iniciativa do Chefe de Estado
O economistaaugusto
Fernandes vê sempre positivo quando o Chefe de Estado angolano se desloca para o exterior para fazer diplomacia económica.
E, o facto de, desta vez, Angola ir ao encontro da terceira maior economia do mundo, o país da Toyota, dos metros de superfície, que é também o país que não tem matériaprima em seu território, porém é o terceiro do mundo que mais exporta para o mundo, é bastante positivo, pois o Japão é também o país das indústrias e Angola leva a cabo um plano nacional de industrialização. Desde logo, o economista entende que esta incursão para o Japão é uma iniciativa positiva do Governo.
Para Augusto Fernandes, Angola deve foca os esforços de diplomacia económica com o Japão no sentido de conseguir uma concessionária Toyota em Angola, por formas que a importação dos carros japoneses para Angola seja feita sem intermediário, com os descontos que se impõem, com a garantia de que Angola goze de isenção de impostos para os carros de origem japonesa. Esse simples gesto, no seu entender, tornaria o país numa perfeita zona franca para a passagem dos carros japoneses, que serão comercializados para todas as regiões económicas de África.
"Angola deve assinar um instrumento jurídico com o Japão que permite criar um grupo de trabalhar para a concepção de um projecto de metro de superfície de alta velocidade que liga o Norte e Sul do país", afirma.
Questionado se o Japão é uma "boa" opção para parceria estratégica com Angola, o economista entende estar-se diante de um país muito disciplinado e que Angola é um país que está a promover a disciplina orçamental e outras medidas.
Logo, Angola tem muito que aprender com o Japão, em termos de educação e logística e essa parceria é muito benéfica para Angola. Resumindo, disse, o Japão é dos melhores parceiros económicos que Angola pode ter.
Por sua vez, o economista Alberto Vunge disse existir já um Fórum Económico Angola – Japão, onde deste lado está a AIPEX, o que quer dizer que existem já aproximações entre as classes empresariais dos dois lados. Por aqui, acrescenta, percebe-se que a iniciativa é boa, na medida que escala o nível de poder em matéria de cooperação. Essa opção, segundo o economista, coloca o país num nível bem acima e valoriza os representados pelas entidades intervenientes no fórum económico e dá-lhe o ânimo e conforto necessário.
Sobre as prioridades na mobilização de investimentos, o académico vê que o Japão tem estado presente no processo de crescimento da economia angolana de forma indirecta, através da canalização de linhas de financiamento para alguns projectos estruturantes. O Japão, recorda, tem poupanças e o país pode aproveitá-las para financiar as necessidades internas. Por outro lado, o Japão está presente no sector imobiliário, seguros, banca, telecomunicações e automobilístico, por exemplo.
"Penso que vale a pena diversificar o portfólio de investidores para a economia nacional e diversificar as experiências. Isto poderá acelerar o processo de crescimento económico que pretendemos. Estamos a falar da terceira maior economia do mundo, cujo processo de evolução económica é conhecido e parte de manuais sobre o processo de crescimentodesenvolvimento económico. Com um país assim há, indubitavelmente, lições a aprender com ele", assume.