Assinada carta de intenção entre as partes
carta de intenção de cooperação no domínio espacial, entre Angola e o Japão, ocorreu, ontem, numa das salas do The Okura Prestige, em Tóquio.
O documento foi rubricado pelo director-geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPN), Zolana Pedro, na presença do ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira. Pela parte japonesa, foi signatário do acordo o director-geral adjunto para a Cooperação Internacional e Secretariado da Política Espacial Nacional do Governo do Japão, Soichiro Sakaguchi. Este acordo prevê o envio de jovens angolanos ao Japão para a formação especializada em engenharia aero-espacial.
No domínio da energia e águas, está previsto para hoje ou amanhã a assinatura de um memorando de entendimento entre as partes.
Segundo o ministro João Baptista Borges, o memorando de entendimento prevê o estabelecimento de acordos para a exploração de águas subterrâneas no Sul de Angola, sendo aquela uma região bastante afectada pelos efeitos da estiagem prolongada. O grupo Toyota Tsusho pretende realizar furos artificiais, com a utilização de sistemas solares para o bombeamento de águas.
Para o ministro João Baptista Borges, trata-se de soluções que se vão juntar às outras mais estruturantes de combate à seca e que estão a ser desenvolvidas pelos Governo.
Outra acção importante que tem estado a ser desenvolvida na parceria com o Japão tem a ver com o projecto de transporte de energia entre o Huambo e o Lubango, iniciativa estimada em 150 milhões de dólares, financiados pelo JICA - Agência Internacional de Cooperação do Japão. "Este é também um projecto prioritário e que o Japão vai também financiar no nosso país", disse.
Balanço da Economia
O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, disse que o balanço ao Fórum Económico Angola - Japão é positivo, pois foi marcado por um discurso programático por parte do Presidente da República, João Lourenço, sobre o que Angola procura no mundo e de que forma o Japão pode se enquadrar nessa cooperação internacional, principalmente transformar Angola num local em que os japoneses possam investir no agro-negócio, principalmente para exportar para o seu país.
Conforme afirmou o ministro Mário Caetano João, o Japão tem limitações de produção agrícola e Angola oferece-se para que os investidores do parceiro asiático possam utilizar as terras e produzir bens alimentares essenciais, assim como também investir forte no domínio da energia, e, por outro lado, a implantação de indústrias farmacêuticas japonesas em Angola, que possam responder a uma preocupação do Governo relativamente às importações de medicamentos.
Mário Caetano João disse que a apresentação feita no Fórum de Negócios foi, fundamentalmente, uma retrospectiva daquilo que Angola foi desde o séc XV.
Passou- se em revista o desempenho e as perspectivas macroeconómicas do país, nos domínios fiscal, monetário e real, bem como foram abordados os quatros principais paradigmas responsáveis pelas mudanças no país, sendo o principal motivo o reforço e consolidação do Estado Democrático e de Direito.
Também o combate à corrupção; reforço do serviço da administração pública quarto e último, que é uma economia baseada na iniciativa privada, com políticas que buscam desbloquear as oportunidades que Angola oferece.
"Esta mensagem foi bem recebida pelos empresários e também pelas autoridades públicas", disse.