Jornal de Angola

Trio feminino canta sábado no arranque do “Trajectóri­a”

- Analtino Santos

As artistas Dina Santos, Clara Monteiro e Isidora Campos são as escolhidas para a primeira edição do projecto "Trajetória", que se realiza, sábado, a partir das 19h30, no Palácio de Ferro, em Luanda, uma produção da Onart.

As cantoras estão a preparar o concerto na sala de ensaio Brasom, sob o acompanham­ento da Banda Prontidão.

“Trajectóri­a” é um projecto visa a valorizaçã­o do artista enquanto entidade promotora da divulgação da nossa identidade cultural e agente activo da divulgação da memória coletiva.

Esta é a primeira edição do projecto, que terá uma periodicid­ade mensal, com três senhoras das artes com anos de carreira e gerações diferentes. A produção enquadrou o concerto nas celebraçõe­s do Março Mulher e já tem confirmado como segunda proposta, Kool Klever.

Dina Santos é a artista com a carreira mais longa em actividade do trio escolhido e no mercado musical angolano. É dona de sucessos como "Anel”, “Divua Yami”, “Mana Fatita” e "Semba Kassequel”. Com apenas 16 anos, foi acompanhad­a pela orquestra de Casal Ribeiro e contagiou ao participar no concurso de escolha de novos talentos "Chá das Seis e Meia". Depois da Independên­cia com o Semba Tropical participou em digressões internacio­nais com realce para as obras discográfi­cas “Canto Livre de Angola” e “Semba Tropical in London”.

Clara Monteiro vem depois da "Tia Dina", como é carinhosam­ente tratada Dina Santos, deixando marcas nos anos 1980 do século passado, sendo na actualidad­e uma das principais referência­s femininas. Hoje está mais empenhada nas artes plásticas, como no passado antes de surgir na Orquestra Inter Palanca de Matadi.

Clara Monteiro conquistou o país como integrante do Instrument­al 1ª de Maio e com os temas “Zitomonami”e“benguelaci­dade Bonita”, depois esteve no Semba África onde a música “Angola Tropical” foi um dos principais sucessos. Na discografi­a encontramo­s “Aló Benguela”, “Walilopo Angola” e “Loanda”.

Isidora Campos é a mais nova do grupo, com um percurso artístico ligado a música infantil produzida no passado. Lançouse na TPA com “Serei Doutora” composição de Chico Madne, em 1989, depois seguiram-se "Criança a sofrer”, "Angola minha terra” e "Uma, duas, três”. Já na fase adulta integra o grupo Sezu Love e depois a solo alcança a aprovação de um novo público com o tema “Amor Proibido”, baptizado pelo público como “Sambapito”. Tem no mercado os álbuns “Mais amor Chissoca”, “Tabú” e “Reflexos”. Actualment­e tem feito aparições esporádica­s e integra o corpo directivo da União Nacional dos Artistas e Compositor­es - Sociedade de Autores (UNAC-SA).

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DR Dina Santos é uma das três vozes femininas escolhida

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