Académica ameniza clima após vencer o Desportivo
O triunfo alcançado, no passado sábado, frente ao Desportivo da Huíla, a contar para a vigésima segunda jornada do Girabola 2022/2023, continua a ser motivo de comentários da parte de alguns aficionados do futebol em terras lobitangas, sustentando que o mesmo pode galvanizar o grupo de trabalho liderado pelo técnico José Agostinho “Tramagal” que tem a difícil missão de juntar as vontades da família academista que aparenta estar dividida.
Este ponto de vista é partilhado por Joaquim Alberto Ukwasapi, antigo membro dirigente da então Associação Desportiva Académica da Chirimba, actual Académica do Lobito, fundado a 17 de Março de 1971. Na próxima sexta-feira, o clube completa 51 anos de existência, não se sabendo o programa de actuação para essa data. A nível da imprensa nada transpirou. Nada mau, a julgar pelo tratamento que recebe das entidades locais.
De acordo com o velho Beto Ukwasapi, os problemas na Académica do Lobito vêm de há muito, colocando sempre na “corda-bamba”, a acção do presidente e dos membros da equipa técnica. Sobretudo, destes que, geralmente, são os primeiros sacrificados das artimanhas montadas pelos seus detractores. “Esta é a realidade nua e crua que se vive naquele clube, sobretudo desde que passou sob a tutela da Sonangol. Agora que os apoios surgem à conta gota, piorou!”, precisou.
Num ambiente de descontracção e desabafo, o octogenário que, falava no momento em que deixava o estádio do Buraco, fez questão de l embrar, geralmente quando a equipa pontua, depois da sequência de resultados negativos, galvanizase e sente o reaproximar dos seus adeptos. Os treinadores ficam menos pressionados e, inexplicavelmente, é nessa fase que surgem os mentecaptos para estragar tudo.
“O que se viu no jogo contra o Desportivo não se aceita. Com tanta falta de apoio, a equipa teve que se transfigurar para ultrapassar as adversidades e chamar para si a vitória”.