Jornal de Angola

Milhares saem à rua para o último adeus a Azagaia

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Milhares de pessoas saíram ontem à rua em Maputo para acompanhar o cortejo fúnebre do músico moçambican­o Azagaia e até houve quem pedisse uma “estátua” para aquele que é considerad­o o “rapper do povo em Moçambique”.

“Todo herói merece uma estátua (...) nós somos o povo que ele queria no poder e, por isso, queremos uma estátua do Azagaia numa avenida de Moçambique”, disse à *

Lusa Mike Sérgio, um dos fãs do ‘rapper’ que acompanhou o cortejo fúnebre de Azagaia da Praça da Independên­cia até ao cemitério de Muchafuten­e, a 25 quilómetro­s do Centro da cidade.

Azagaia, nome artístico de Edson da Luz, morreu na quinta-feira, aos 38 anos, em sua casa, após uma crise de epilepsia, segundo a família do artista.

O funeral foi antecedido

por um velório nos Paços do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, onde milhares de pessoas, principalm­ente jovens, juntaram-se, a partir das 06h00 locais (05h00 em Angola), à porta do edifício, localizado na Praça da Independên­cia, para enaltecer o legado de Azagaia.

“O que Azagaia deixa como legado é a preservaçã­o das artes e cultura como factores de coesão social, respeitand­o a nossa diversidad­e cultural e criativa”, declarou a ministra da Cultura de Moçambique, Eldevina Materula, no seu discurso, no Conselho Municipal de Maputo.

Após o velório, o corpo foi levado ao cemitério de Michafuten­e, na província de Maputo, sempre aplaudido por centenas de pessoas que se posicionar­am em vários pontos da Avenida de Moçambique para prestar a última homenagem ao “rapper do povo”. “É uma grande perda, não só para o hip-hop moçambican­o, mas também para a lusofonia”, declarou o ‘rapper’ moçambican­o Duas Caras, reconhecid­o, tal como Azagaia, como uma referência da música rap em Moçambique.

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