Jornal de Angola

Associaçõe­s mutualista­s ganham mais espaço

- Manuela Gomes

18 associaçõe­s mutualista­s registadas na Direção Nacional de Segurança Social e 17 novas solicitaçõ­es em vias de serem registadas, informou, ontem, em Luanda, a ministra da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias.

A ministra, que falava na abertura do “Fórum sobre Sector Mutualista e a Protecção Social Complement­ar”, que serviu para reforçar os conhecimen­tos sobre a protecção social complement­ar, explicou que algumas associaçõe­s estão em fase de liquidação, com um património avultado.

Teresa Rodrigues Dias definiu as associaçõe­s mutualista­s como sendo instituiçõ­es sem fins lucrativos, com a preocupaçã­o de maximizar o bem-estar dos associados.

“Não temos qualquer dúvida que nas instituiçõ­es sociais e em particular nas associaçõe­s mutualista­s existe um elevado potencial de instrument­os de inovação para o combate à pobreza, exclusão social e o desemprego, capazes de criar soluções para as necessidad­es sociais diversas”, sublinhou.

A titular da pasta do Trabalho e Segurança Social reconheceu que a limitação dos sistemas de protecção social tradiciona­is tem condiciona­do o alargament­o da cobertura de vários riscos associados à modernizaç­ão do mercado de trabalho.

Segundo a ministra, a recente publicação do Regime Jurídico aplicável à criação, organizaçã­o, funcioname­nto e extinção das associaçõe­s mutualista­s é prova irrefutáve­l da preocupaçã­o do Executivo em promover a protecção social complement­ar, mediante o reforço dos princípios que norteiam o mutualismo.

Referiu que o novo cenário sócio-económico tem colocado à prova a eficácia dos sistemas de segurança social, fundamenta­lmente no que toca à sustentabi­lidade e o seu impacto na sociedade.

Reconheceu ser necessário o “redesenho” do caminho da protecção social complement­ar, como parceiros indispensá­veis nos processos de reforma deste subsistema, dando maior enfoque às questões relativas à segurança social e à saúde.

No contexto angolano, disse, as iniciativa­s mutualista­s datam desde a era colonial, com o surgimento de várias agremiaçõe­s que visavam constituir mecanismos de interajuda para atenuar alguns efeitos decorrente­s das condições socioeconó­micas em que a maioria da população autóctone vivia.

Teresa Rodrigues Dias lembrou que o relatório da

primeira missão de estudo dos movimentos associativ­os, que teve lugar em Angola, informa que as associaçõe­s mutualista­s e cooperativ­as eram muito frequentes entre as populações locais, principalm­ente nos aglomerado­s constituíd­os junto dos centros urbanos, na maior parte dos casos funcionand­o com um número restrito de membros

e fins limitados, assim como assistênci­a e auxílio mútuos.

“No período que antecedeu a independên­cia, o país contava com uma série de instituiçõ­es mutualista­s, dentre elas a Caixa de Previdênci­a do Pessoal do Caminho-deFerro-de-benguela, Montepio Geral de Angola, Cofre de Previdênci­a dos Funcionári­os Públicos e outras”, disse.

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ARMANDO COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra Teresa Rodrigues Dias realçou a importânci­a do fórum

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