Jornal de Angola

Acções de sensibiliz­ação levam à redução de casos de violência sexual contra a criança

Secretária de Estado Alcina Kandanda enalteceu o empenho e o grau de responsabi­lidade das equipas de profission­ais integradas nos diferentes órgãos centrais da Administra­ção do Estado e instituiçõ­es da sociedade civil angolana

- Alexa Sonhi

A Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Viol ência Sexual c ontra a Criança, iniciada em Março de 2021, levou a redução do número de casos, segundo dados divulgados, ontem, pela secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Alcina Kandanda.

A primeira fase da campanha, iniciada em Março de 2021 e foi até Março de 2022, tendo sido registados pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) 4.706 casos de violência contra menores.

“Já no segundo período, que vai de Março de 2022 a Março em curso, registaram­se 2.593 casos de violência sexual contra a criança. Isso demostra, claramente, que as acções de sensibiliz­ação realizadas na primeira fase da campanha, contribuír­am para a redução das violações”, explicou a secretária de Estado.

Alcina Kindanda frisou que a segunda fase da campanha permitiu um maior envolvimen­to de todos os sectores sociais nas acções de prevenção e combate do fenómeno, contribuin­do assim para a redução dos casos de violações com uma diferença de 2.113 vítimas.

No total foram registados 7.299 casos de violência sexual contra a criança no período de Março de 2021 até ao presente, sendo Luanda, Benguela, Huambo, Zaire e Huíla as províncias com o maior número de denúncias.

Alcina Kindanda enalteceu o empenho e o grau de responsabi­lidade das equipas de profission­ais integrados nos diferentes órgãos centrais da Administra­ção do Estado e nas diferentes instituiçõ­es da sociedade civil, por serem estes a levarem a mensagem às famílias e instituiçõ­es públicas, com o propósito de mudar o triste cenário da situação da criança no país.

“Os resultados positivos encorajam-nos a trabalhar mais no sentido de consolidar as boas práticas e considerá-las como experiênci­as bem conseguida­s a termos em conta na programaçã­o de acções futuras. Mas os constrangi­mento e dificuldad­es remeteram-nos para a necessidad­e de se estabelece­r um novo Plano de Acção que visa a prevenção e c ombate à vi ol ê ncia sexual contra a criança, que já está em fase de contribuiç­ões”, realçou.

O novo plano, esclareceu, prevê um c onjunto de acções que se afiguram pertinente­s e tem objectivos assentes nos pilares de prevenção, protecção, combate e desenvolvi­mento.

Alcina Kindanda informou que a proposta do Plano de Acção Nacional de Prevenção e Combate à Violência Sexual contra Criança e n q u a d r a - s e n o n ovo modelo de intervençã­o descentral­izada da política e da protecção social, que consiste na municipali­zação da acção social, cuja implementa­ção obedecerá as linhas de orientação para acções de prot ecção e promoção dos direitos da criança.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Sectores sociais estão mais unidos nas acções de prevenção e combate aos abusos sexuais e outras violações contra as crianças

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