Jornal de Angola

Marta Kaymbi Manuel aposta no empreended­orismo para conquistar o mercado

Aos 17 anos, a mulher deu os primeiros passos como assistente de venda de bens diversos numa unidade comercial

- Maria Cavela | Moçâmedes

Marta Kaymbi Manuel, 33 anos, mãe de três filhas, natural de Ondjiva, província do Cunene, residente em Moçâmedes há mais de 13 anos , apegou-se às dificuldad­es que a vida lhe apresentou para dar a volta por cima, através de uma acção de empreended­orismo como forma de satisfazer as suas necessidad­es básicas.

Com o ensino médio concluído, em 2008, na vizinha República da Namíbia, a jovem sentiu a necessidad­e de regressar ao país no mesmo ano, tendo se instalado na sua terra natal aos 17 anos, onde deu os primeiros passos como assistente de venda de bens diversos numa unidade comercial, que foi o início de uma nova era, onde chegou a trabalhar por mais de 6 meses sem salário.

Insatisfei­ta com os resultados alcançados na época, dois anos depois, Marta Manuel, instala-se em Moçâmedes com a intenção de dar continuida­de aos estudos, mas foi dali onde percebeu que precisava de se reinventar com poucos recursos que possuía para dar sequência ao sonho de ser empresária de sucesso e motivar outras mulheres, principalm­ente as mães solteiras.

“Foi uma decisão muito difícil que tomei na época, pois larguei o pouco que tinha por ver o Namibe como o local onde tinha a esperança de experiment­ar uma nova vida”, contou, quando explicava os detalhes sobre a sua emigração da província do Cunene para o Namibe.

Actualment­e, trabalha como professora numa escola pública , guia turística e intérprete de língua inglesa no sector de Turismo. Como empreended­ora, é popularmen­te conhecida por “Marta da carne com IBAN”. Revelou que, apesar das conquistas alcançadas, pretende dar ainda muito de si para contribuir no desenvolvi­mento,

“Foi uma decisão muito difícil que tomei na época, pois larguei o pouco que tinha por ver o Namibe como o local onde tinha a esperança de experiment­ar uma nova vida”, contou, quando explicava os detalhes sobre a sua emigração da província do Cunene para o Namibe

empoderame­nto e dependênci­a financeira e emocional de outras mulheres, fazendo das suas actividade­s um modelo de inspiração e vencer os desafios que a vida continua lhe apresentar.

“Sou grata por tudo que tenho e que sou, mas ainda não me sinto que atingi os objectivos. A minha vida é uma correria, não tenho ponto fixo de empreender, as vezes vendo carne, peixe, louça produtos diversos e conciliar com as minhas duas actividade­s formais”, revelou sem tabus .

Inspirada na responsabi­lidade de dar suporte aos seus 15 irmãos, que dependem parcialmen­te das suas lutas, explicou à nossa reportagem que a veia empreended­ora vem de seu pai, soba da localidade das Mangueiras, no município da Bibala, que como revelou, continua com o tradiciona­l comércio de permuta de bens com animais para dinamizar a sua actividade económica virada ao gado.

Consideran­do-se mentora das suas conquistas, Marta, contou que vê em tudo oportunida­de para se reinventar e fazer prosperar numa actividade económica. Disse que só cessa os trabalhos quando se sente que já esgotou todas as energias no campo de actuação.

Realçou que o seu enquaambiç­ões para o bem da sua família e atribuiu o mérito desta actividade, a facilidade de acesso à internet que actualment­e possibilit­ou-lhe inscrevers­e em mais de 10 plataforma­s internacio­nais de guias no primeiro trimestre de 2022, o que lhe permitiu acompanhar cerca de 15 trabalhos constituíd­os por mais de 30 turistas estrangeir­os até Dezembro último.

“É um trabalho novo que quero dar ênfase na minha vida. Quero dar seguimento a está actividade com mais jovens, principalm­ente mulheres formadas em línguas, criando uma associação de intérprete­s e legalizá-la”, perspectiv­ou.

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dramento no grupodos guias turísticos e intérprete­s de língua i ng l e s a , abriu novos horizontes e

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