Governador aponta aos empresários áreas potenciais para o investimento
Os sectores mais viáveis que necessitam de fundos são os da agro-pecuária, turismo e exploração de recursos minerais, realçou o governador na apresentação da logomarca adoptada pelas autoridades para promover a província
O governador do Cuando Cubango, José Martins, apontou, ao sector empresarial, a agro- pecuária, turismo e exploração de recursos minerais como áreas com elevado potencial para o investimento, naquela província, durante um acto público realizado no Menongue.
“Tendo em vista o grande potencial que a região tem, o que falta são apenas de investidores”, declarou José Martins no lançamento de uma logomarca adoptada pelas autoridades da província com a denominação “Terras do Progresso” e criada para divulgar as potencialidades económicas, culturais e turísticas, bem como, os recursos minerais, hídricos e a fauna que a província possui.
Com cores escolhidas para simbolizar potencialidades económicas, a logomarca foi apresentada num acto em que participaram quatros exgovernadores da província durante o período de 1995 a 2019, Manuel Dala, João Baptista Tchindandi, Eusébio de Brito Teixeira e Pedro Mutindi, assim como o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional para a Gestão da Região Angolana do Okavango (ANAGERO), Rui Lisboa.
“Com base nos documentos elaborados pelos antigos governadores da província do Cuando Cubango e em estudos mais actuais, pensamos em criar a identidade da província para que possamos atingir vários objectivos, principalmente, para o desenvolvimento socioeconómico”, disse.
A logomarca está representada, no topo, por dois soldados com as cores castanho-escuro erguendo a insígnia da República de Angola, representando a defesa da integridade do país, que a 23 de Março de 1988 granjeou a victória na Batalha do Cuito Cuanavale, uma data actualmente comemorada em t oda a África Austral.
As palavras Cuando e Cubango estão representadas com a cor verde, o que simboliza as riquezas da fauna e flora, bem como a cor acastanhada, simbolizando o solo da região potencialmente rica em recursos minerais tais como o ouro, diamante, ferro e bronze.
Faixas acastanhadas que c i r c undam a s palavras Cuando e Cubango, representando outras potencialidades que a província possui e estão por ser exploradas, sendo elementos propícios para tornar a região uma “Terra do Progresso” e não do “fim do mundo”, como a província era popularmente designada no passado.
Segundo o governador, o Cuando Cubango está na rota do desenvolvimento social e económico, pelo que urge a necessidade de trabalharse na atracção de investimento e proporcionar cada vez mais postos de trabalho para os jovens, que são a força motriz para o engrandecimento da sociedade.
José Martins notou que a identidade visual do Cuando Cubango foi inspirada pelo antigo governador Eusébio de Brito Teixeira, que tinha como principal objectivo denominar a região como “Terras do Progresso” e não do “Fim do Mundo”, como era caracterizada anteriormente por causas das fortes batalhas que foram travadas na região, sobretudo no município do Cuito Cuanavale, que culminou com a independência das Namíbia, abolição do regime do apartheid e libertação de Nelson Mandela.
“Para que todos cidadãos nacionais ou estrangeiros saibam das potencialidades da província do Cuando Cubango, é necessário que possamos divulgar o que a mesma oferece, para que fique na mente de todo o homem de negócio que tende a investir na região e proporcionar o desenvolvimento sustentável que a mesma precisa”, disse.
Na ocasião, José Martins ofereceu aos ex-governadores do Cuando Cubango estátuas que simbolizam a logomarca, tendo em conta que foram os precursores dos processos que levam ao já notório reconhecimento do potencial da província junto dos potenciais investidores.
Deputados à Assembleia Nacional, autoridades tradicionais e eclesiásticas, magistrados judiciais e do Ministério Público, empresários, académicos e outros convidados participaram do acto.
“O objectivo é identificar a região como ‘Terras do Progresso’ e não como ‘Terras do Fim do Mundo’, como era caracterizada anteriormente por causa das fortes batalhas que foram travadas na região”