Governo projecta a implantação de indústria subsidiária da FCKS
Projecto anunciado pelo secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo, no Sumbe, tem uma componente de loteamento e viabilização da área em que a cimenteira está instalada, dando lugar aos espaços em que se prevê a implantação de novas uni
O Governo p r o j e c t a a implantação de pequenas indústrias extractivas que suportem o funcionamento pleno da Fábrica de Cimento do Cuanza- Sul ( FCKS), detentora da marca Yetu, para garantir o surgimento de serviços que a agreguem valor económico à província, anunciou, quarta-feira, em Chandongo, Sumbe, o secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo.
Isaac dos Anjos anunciou o projecto no fim de uma deslocação de dois dias ao CuanzaSul, onde foi à unidade fabril inteirar-se do funcionamento, desempenho da produção e dificuldades, com vista à adopção de novas dinâmicas que permitam perspectivar o melhor aproveitamento e aumento dos níveis de produção da cimenteira.
Durante a visita, o secretário do Presidente da República, que se fazia acompanhar pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, fez uma verificação aturada do funcionamento da cimenteira e de áreas de serviços subsidiários.
Isaac dos Anjos verificou o estado das minas de clínquer, matéria-prima para o fabrico do cimento, dos armazéns, áreas de controlo de qualidade, produção do cimento, fábrica de sacos, as turbinas, enchimento, carregamento, controlo de segurança da fábrica e outras dependências da unidade fabril.
Em declarações à imprensa, Isacc dos Anjos reafirmou o projecto do Executivo de tornar o sector industrial mais atractivo e eficiente, em acções que exigem maior interactividade entre quem traça as políticas e os agentes económicos que implementam os projectos.
“O Executivo pretende saber do estado de funcionamento da indústria de cimento para aumentar os níveis de produção, bem como projectar o surgimento de novas infra-estruturas industriais na região” para agregar valor à fábrica de cimento aqui instalada”, disse, sublinhando que se deve assegurar a protecção
do espaço e garantir que a zona conheça um crescimento urbanizado que, no futuro, venha atrair mais investimento à sua volta.
Motor do crescimento
Isaac do Anjos prevê que o surgimento de novas unidades fabris junto da FCKS vai dinamizar outros serviços na região, transformando a f ábrica numa i ndústria motora que possa proporcionar investimentos, bem como gerar novas oportunidade e emprego.
“Temos de criar condições de assentamento das popul ações e ter espaços que atraiam os investidores, processo que deve passar por loteamento de espaços e antecipação na preparação dos mesmos, para garantir que o investidor encontre condições infra-estruturais criadas para implementar o seu projecto, sendo o barómetro que vai ajudar o Exec u t i vo e n c a minhar o s investidores para os lugares certos”, afirmou.
A primeira fase vai consistir em trabalhar para proteger o perímetro da fábrica e o espaço industrial, seguindo-se de outras acções, como a criação de condições propícias que vão dar lugar a novas i nfra- estruturas sociais, priorizando a rede de energia eléctrica publica, água potável, construção da nova circular, o que, prevê, vai motivar os investidores a interessarem-se e a instalarem as médias e pequenas unidades fabris.
O secretario do Presidente da República para o Sector Produtivo adiantou que a visita permitiu um diagnóstico real da FCKS que, ao longo da sua operação, registou paralisações por falta de combustível e fraca interacção com a Refinaria de Luanda para o fornecimento do Fuel.
“Viemos assegurar que no futuro não haja mais falta de combustível como no passado e garantir o funcionamento pleno das fábricas de cimento do país, servindo os interesses nacionais” frisou.
O Vice-governador do Cuanza-sul para o Sector Técnico e Infra-estruturas, Heitor Alfredo, saudou a iniciativa da presença da equipa do Secretário do Presidente da República para o sector produtivo, como sendo uma vi s i t a oportuna para o Governo do Cuanza-sul, e demonstra a preocupação que o Executivo tem para como a província." Tivemos a oportunidade em saber sobre o real funcionamento da fábrica, dos benefícios que tem dado a província, as dificuldades que enfrentam e os desafios, e saímos daqui satisfeitos com o que vimos e ouvimos, augurando que mais projectos do gênero surjam e possam agregar valor econômico e produtivo a região, com vista a criar mais postos de trabalho para a juventude" concluiu.
De realçar que a FCKS iniciou a operação em Outubro de 2013, com a marca Yetu, e tem a capacidade instada de produção diária de 4.500 toneladas, mas, por vários factores, a fábrica produz apenas 25 por cento da capacidade instalada.