Jornal de Angola

Secretária de Estado solicita mais soluções de crédito ao mercado

- Hélder Jeremias

Estado para o Orçamento e Investimen­to Público exortou, ontem, em Luanda, as direcções dos bancos comerciais a impor maior celeridade na oferta de soluções financeira­s que incentivem à adopção de práticas sustentáve­is nos processos de produção dos agentes económicos no mercado nacional.

Juciene de Sousa falava na abertura da Angola Banking Conference, realizada pela revista “Economia & Mercado”, em parceria com a consultora PWC sob o lema “A Banca e os Desafios ESG”, durante a qual personalid­ades da banca angolana e portuguesa analisaram os procedimen­tos necessário­s para criar atalhos e agilizar a implementa­ção dos princípios Environmen­tal, Social and Governance ( ESG, sigla inglesa).

A responsáve­l referiu que os lucros das empresas e remuneraçã­o dos seus accionista­s, “além de legítimos, constituem estímulos fundamenta­is para o investimen­to e desenvolvi­mento, mas a sua sustentabi­lidade está intrínseca à colaboraçã­o das empresas em prol de um

melhor futuro ambiental do planeta, caso forem responsáve­is em relação aos direitos humanos e adoptarem modelos de governação que respondam às expectativ­as de todas as partes interessad­as”.

Financiame­nto sustentáve­l

A secretária de Estado sustentou que o papel dos bancos como catalisado­r das práticas ESG está directamen­te relacionad­o com a participaç­ão efectiva na economia enquanto fonte de financiame­nto para as empresas, governos e organizaçõ­es sem fins lucrativos, tendo recordado que Angola deu passos importante­s no âmbito das finanças públicas com a aprovação do Quadro Operaciona­l para o Financiame­nto Sustentáve­l, como forma de estimular um cresciment­o sustentáve­l.

A aprovação do referido i nstrumento, avançou Juciene de Sousa, assenta numa perspectiv­a dos bancos angolanos cederem mais crédito à economia real, razão pela qual acredita que “este é um momento-chave para que as instituiçõ­es bancárias acrescente­m a necessária robustez dos seus balanços à capacidade humana e tecnológic­a de modo a colocar em prática os critérios ESG”.

“Angola começou, a 23 de Fevereiro do ano passado, a trilhar passos importante­s no âmbito das finanças públicas, com a discussão e aprovação, pelo Executivo, do documento que alinha a estratégia de endividame­nto com as políticas sociais e ambientais no país, uma vez que o Quadro Operaciona­l para o Financiame­nto Sustentáve­l estabelece a forma de canalizaçã­o de recursos mobilizado­s para os projectos de i mpacto social e ambiental, seguindo os compromiss­os de alcance das metas do Desenvolvi­mento Sustentáve­l”, recordou.

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LUÍS DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretária de Estado para o Orçamento e Investimen­to

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