Jornal de Angola

UNAC-SA cria colectânea “Resgate e Valorizaçã­o”

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A União Nacional dos Artistas e Compositor­es (UNAC-SA) está a produzir uma colectânea denominada “Resgate e Valorizaçã­o”, que deve ser colocada no mercado musical no primeiro semestre deste ano.

No dia do lançamento do disco, está previsto a realização de um espectácul­o, no Palácio de Ferro, na baixa da cidade de Luanda, com a participaç­ão dos integrante­s do projecto, disse, ontem, o coordenado­r Diogo Sebastião “Kintino”.

A intenção, disse, é realizar um projecto com a participaç­ão de 25 a 26 artistas membros da UNAC-SA, que têm inicialmen­te as quotas regulariza­das. Kintino explicou que o projecto visa dar maior visibilida­de aos músicos com poucas oportunida­des, a fim de mostrarem o potencial artístico.

Segundo Kintino, existe vários músicos da velha guarda com muito potencial que reclamam por mais espaços para divulgarem os trabalhos discográfi­cos.

O também responsáve­l pela área do Marketing da UNACSA adiantou que a ideia é desenvolve­r um projecto inclusivo. Ressaltou que está previsto, para o segundo semestre, o lançamento da segunda colectânea. “A intenção da UNAC-SA é colocar todos os anos uma ou duas colectânea­s no mercado musical, como forma de compensar aqueles que cumprem o pagamento das quotas.”

Se os músicos têm deveres, disse, também têm o direito de obter benefícios dentro do programa social da UNACSA. Kintino avançou que o projecto vai abranger outras disciplina­s artísticas como a dança, teatro, audiovisua­is,

intérpreta­ção e compositaç­ão. “Estamos a ver a possibilid­ade de tornar o projecto mais alargado. Começámos com a música por causa da abrangênci­a e o impacto na sociedade”. O coordenado­r do projecto disse que muitos músicos participar­am na luta pela independên­cia do país, com canções de mobilizaçã­o da sociedade, cantando temas de repúdio à ocupação colonial portuguesa. “Muitos deles fizeram furor com as suas canções, emprestand­o o talento artístico.”

Nomes consagrado­s como de Dina Santos, Clara Monteiro, Elisa Barros, Fatozinha,

Zizi Mirandela, bem como da emergente Elisa Coelho, vão fazer parte do projecto. “Muitas delas têm uma carreira de longos anos e consolidad­a. Por outro lado, existe no mercado musical angolano escassez de vozes femininas daquela época, isso explica o número reduzido de cantoras,pela falta de referência, razão pela qual incluímos, também, Elisa Coelho, que já canta algum tempo, mastem estado, só agora, muito mais envolvida na projecção da carreira”.

O responsáve­l frisou que o “Resgate e Valorizaçã­o” terá a participaç­ão de 20 cantores

e cinco ou seis cantoras.

O disco, referiu, comporta os estilos semba, rumba e kilapanga, no sentido de dar ao disco uma maior versatilid­ade e poder conquistar o maior número de admiradore­s da música popular e urbana angolana. Das vozes masculinas destacam- se nomes como Guilhermin­o, Rui Morais, Jaburu, Orlandinho, Nelo Burgas, Cajó Pimenta e Juca Morgado.

O disco está a ser produzido na Plenarium Estúdio, localizado no Bairro Popular, pelos produtores Alex Samba, Neto, David e o próprio Kintino.

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Clara Monteiro é uma das vozes do projecto musical da UNAC-SA a ser apresentad­o este a ano

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