Jornal de Angola

Presidente Vladmir Putin pode participar da Cimeira do G20

A última vez que o líder russo esteve presencial­mente num encontro dos países mais industrial­izados do mundo, foi em 2019, em Osaka, Japão, numa altura em que a política internacio­nal já apresentav­a sinais de tensão

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O Kremlin admitiu que o Presidente russo, Vladimir Putin, possa estar presente na Cimeira do G20, em Setembro, na Índia, sublinhand­o no entanto que não foram tomadas decisões definitiva­s para este fim.

“Isso não se pode descartar”, disse o porta-voz presidenci­al russo, Dmitri Peskov, na conferênci­a de imprensa diária, realizada por telefone, confirmand­o, a propósito, que “ainda não foram tomadas decisões”

“A Rússia continua a participar plenamente no formato do G20, e temos a intenção de manter” a participaç­ão, sublinhou o porta-voz.

A Cimeira do G20 está marcada para os dias 9 e 10 do próximo mês de Setembro, em Nova Deli. No ano passado, o Chefe de Estado russo não esteve presente na cimeira dos 19 países mais industrial­izados do mundo e do bloco da União Europeia, que se realizou na Indonésia, fazendo-se representa­r pelo ministro dos Negócios Estrangeir­os, Serguei Lavrov.

Em 2020 e em 2021, antes da operação especial desencadea­da contra a Ucrânia, o Presidente russo participou remotament­e nas reuniões de Chefes de Estado do G20.

A última vez que Vladimir Putin participou, pre

s e n c i a l m e n t e , n u ma cimeira do G20 foi em 2019, no Japão. De lá para cá, as relações políticas e diplomátic­as da Rússia com os principais parceiros como os Estados Unidos da América, Reino Unido e o bloco da União Europeia foram se complicand­o.

A forma como os actores

interpreta­m os fenómenos políticos actuais e os conflitos militares no Iraque e na Síria estiveram na base do esfriament­o dos ânimos, situação que se agravou com a guerra na Ucrânia, em que os Estados Unidos e a União Europeia mantêm uma posição de f orça perante as investidas russas.

Batalha de Bakhmut

A batalha por Bakhmut continua a ser o foco das atenções da guerra e, ontem, o ‘think tank’ norte-americano “Institute for the Study of War (ISW)” observou um “pico” no deterioram­ento das relações entre o grupo Wagner e o Kremlin, com os russos alegadamen­te “gastarem” soldados da milícia armada para reduzir a sua influência.

Exército ucraniano

Na Ucrânia, o Exército indicou, ontem, que se verificam “violentos combates na região de Bakhmut”.

A Rússia refere, igualmente, através da empresa de mercenário­s Wagner, que se registam combates no centro de Bakhmut pelo controlo da cidade.

“Os russos estão a atacar em várias direcções avançando para os quarteirõe­s centrais (de Bakhmut), disse primeiro o Exército ucraniano num comunicado de imprensa. Entretanto, Yevgeny Prigozhin, proprietár­io da empresa Wagner, envolvida no cerco à cidade ucraniana disse que há combates na zona centro.

“Estamos cada vez mais perto do centro da cidade. Os combates são cada vez mais duros”, disse o empresário russo a soldo de Moscovo.

As informaçõe­s sobre a situação no centro da cidade de Bakhmut não foram ainda acompanhad­as por fontes ou meios independen­tes.

Fora da Ucrânia, do lado russo, o autarca da cidade russa de Belgorod denunciou um ataque aéreo contra a região, com quatro mísseis abatidos pela defesa - o líder local não especifico­u se os mísseis eram ucranianos, mas situações anteriores levaram a acusações contra o Governo de Kiev.

Na Geórgia, perante uma vaga de protestos pró-união Europeia e anti-corrupção, o Primeiro-ministro do país deixou um aviso à Ucrânia, alertando contra uma “intervençã­o directa” e pedindo ao Governo ucraniano que “tome conta de si e do seu país”.

No entanto, o derrube dos quatro mísseis sobre a região de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia, fez pelo menos um ferido. “O nosso sistema de defesa antiaéreo funcionou em Belgorod. Quatro mísseis foram derrubados”, disse o governador da região russa num texto difundido através da rede digital de mensagens Telegram.

Gladkov indicou que, apesar da defesa ter funcionado, “uma mulher ficou ferida” na cabeça tendo sido transporta­da para o hospital.

Os fragmentos dos mísseis provocaram, igualmente, danos em edifícios residencia­is.

A região russa faz fronteira com o território ucrani a no d e Kharkiv. Os relatos do governador russo ainda não foram verificado­s por f ontes e meios independen­tes.

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DR Chefe de Estado russo, Vladimir Putin, pode voltar às discussões dos temas mundiais no G20

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