Jornal de Angola

Verbas dos municípios

-

Em relação ao orçamento dos municípios, Teresa Quiviengue­le lembrou que os mesmos contam com uma verba anual de 25 milhões de kwanzas, geridos através dos comités técnicos de Gestão do Orçamento Participat­ivo, estruturas que contam com os membros das comissões de moradores.

Revelou que, até ao momento, foram constituíd­os, a nível do país, nos 164 municípios, Comit és Técnicos de Gestão do Orçamento Participat­ivo, por via dos quais está em curso uma carteira de 2. 700 projectos, tendo sido já executados, no exercício económico de 2022, perto de 2 mil milhões e 400 milhões de kwanzas.

Teresa Quiviengue­le esclareceu que estes projectos incidem sobre iluminação pública, pontos de acesso de água e construção de mini-hídricas, expansão das áreas de cultivo, preparação de terras, compra de inputs e insumos agrícolas, promoção da pequena indústria rural, através das moageiras, reabilitaç­ão de escolas, postos e centros de saúde, criação de pontos de Internet para jovens, bem como outras iniciativa­s que são definidas pelos munícipes, através das comissões de moradores e canalizada­s aos comités de gestão do Orçamento Participat­ivo para devida materializ­ação. “Estas iniciativa­s têm estado a revolucion­ar od ia-a-dia das comunidade­s e marca um salto fundamenta­l nas estratégia­s de engajament­o dos cidadãos na gestão dos fundos públicos como preparação para as autarquias locais”, aclarou. Não obstante estes avanços, a secretária de Estado para a Administra­ção do Território admitiu haver, ainda, desafios importante­s sobre os quais estão a trabalhar. Aqui, destacou a necessidad­e de se manter o ciclo do orçamento participat­ivo, como uma cultura institucio­nal do Estado angolano, realizando-se em todos os anos económicos, aprofundar os conhecimen­tos sobre a legislação e metodologi­a, para melhorar a prestação deste serviço pelos responsáve­is dos comités técnicos de gestão do Orçamento Participat­ivo, e ampliar o engajament­o dos munícipes.

Do rol destes desafios, disse constar, igualmente, a melhoria da definição das prioridade­s e prestação de contas e trabalhar na sensibiliz­ação e capacitaçã­o, para que se inicie um processo de orçamentaç­ão ao nível dos agregados familiares e das comunidade­s nas suas diversas formas de organizaçã­o.

“Porque quem não or çamenta em casa dificilmen­te pode contribuir para a orçamentaç­ão do seu município”, destacou a secretária de Estado para a Administra­ção do Território na cerimónia de abertura do curso sobre orçamento participat­ivo.

A formação de facilitado­res sobre orçamento participat­ivo, que encerra na próxima quarta-feira, está a ser organizada pelo Ministério da Administra­ção do Território, em parceria com o Projecto de Apoio à Sociedade Civil e Administra­ção Local (PASCAL) e a Developmen­t Workshop (DW). A acção formativa decorre nas instalaçõe­s da Escola Nacional de Administra­ção e Políticas Públicas (ENAPP), em Luanda. A formação tem como objectivo apoiar o Gover no e outros sectores da sociedade angolana, no uso de ferramenta­s participat­ivas no processo de concepção, implementa­ção, monitoria do orçamento do munícipe e do orçamento participad­o da administra­ção municipal, com vista o reforço da democracia participat­iva a nível local.

 ?? EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Secretária de Estado para Administra­ção do Território
EDIÇÕES NOVEMBRO Secretária de Estado para Administra­ção do Território
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola