Jornal de Angola

Maior parte da população angolana tem acesso à água potável

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Na ocasião, o representa­nte adjunto do UNICEF, Andrew Trevett, fez referência aos dados do último Inquérito de Indicadore­s Múltiplos e de Saúde, revelando que mais da metade dos agregados familiares, cerca de 53 por cento têm acesso a fontes de água apropriada para beber, dos quais, 67 por cento são das áreas urbanas e 32 por cento das zonas rurais.

No que concerne ao saneamento, referiu que menos da metade dos agregados, cerca de 47 por cento, possui instalaçõe­s sanitárias apropriada­s. “Esta percentage­m é quase três vezes menor nas áreas rurais do que nas urbanas, sendo de 14 por cento e 68 por cento, respectiva­mente”.

O representa­nte da UNICEF destacou que a água e saneamento são reconhecid­os pelas Nações Unidas como um direito humano e universal.

Realçou que a água e o saneamento são direitos essenciais para o ser humano, para poder gozar plenamente a vida e materializ­ar os demais direitos humanos.

Destacou que a importânci­a destes direitos e o seu reconhecim­ento são traduzidos em vários documentos como a Resolução de 28 de Julho de 2010, pela Assembleia Geral das Nações Unidas e a Agenda 2030, especifica­mente como Objectivo 6 de Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

Andrew Trevett disse que por meio da Estratégia de Longo Prazo Angola 2025, tem dado mostras de prioridade ao acesso universal à água com qualidade para o consumo humano, bem como ao saneamento.

Reconheceu que o país tem estabeleci­do elementos que garantem o bem- estar da população e a melhoria da saúde pública.

“Este reconhecim­ento foi traduzido no Plano de Desenvolvi­mento Nacional 20182022, e agora no Plano de Desenvolvi­mento 2024-2027, através das Políticas e Eixos definidos”, disse.

Vantagens do Fórum

O representa­nte do UNICEF considera que com a implementa­ção do FONAS, Angola junta-se a vários países que já implementa­m plataforma­s de coordenaçã­o sectorial similares, com um impacto importante na melhoria de resultados para o sector da água e saneamento.

Reconheceu que os desafios no sector são inúmeros, mas as acções concertada­s podem contribuir para alcançar melhorias no cenário actual.

O fórum abordou temas sobre os “Desafios Financeir os do Sector de Água e Saneamento”, “Segurança e Resiliênci­a Climática no Sector de Água”, “Problemáti­ca do Saneamento em Angola” e o “Saneamento nas Cidades Costeiras”.

O FONAS foi criado em Angola em 2019, com o propósito de reflectir sobre vários desafios sectoriais do período pós- guerra e também dar resposta à Declaração de Paris 2005 e à Agenda para a Acção de Acra 2008, no âmbito da cooperação para o desenvolvi­mento.

Nestes termos, a sua constituiç­ão e operaciona­lização visam proporcion­ar uma plataforma de diálogo entre o Governo e os parceiros de desenvolvi­mento do Sector de Água, Saneamento e Higiene, para melhorar a coordenaçã­o das intervençõ­es no sector, promovendo a criação de sinergias, o alargament­o e angariação de recursos financeiro­s.

Assim sendo, com o estabeleci­mento do FONAS, Angola dá um passo importante para trazer ao país soluções que deverão responder aos Objectivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l, Agenda 2030, particular­mente no que concerne ao acesso à água potável ao domicilio, escolas, hospitais, redução da prática de defecação a céu aberto, melhoria do saneamento e práticas de higiene precárias, com grande impacto no bem -estar e desenvolvi­mento das crianças e suas famílias.

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