Tribunal suspende detenção de Khan
Um tribunal do Paquistão ordenou que a polícia suspendesse uma operação para prender o ex- PrimeiroMinistro Imran Khan, interrompendo batalhas campais nas quais policiais atacaram apoiantes do ex-jogador de críquete com cassetetes e dispararam canhões de água e gás lacrimogêneo.
As forças de segurança se retiraram da casa de Kham na cidade de Lahore, no Leste do país, aliviando a instabilidade política, num país que possui armas nucleares e enfrenta uma crise economica, à espera de um resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O tribunal superior de Lahore ordenou que a polícia adiasse os esforços para prender Khan, disse o ministro da informação da província, Amir Mir, à Reuters.
Mais cedo, um oficial de alto escalão da polícia afirmou que as forças de segurança haviam se retirado para cuidar da Super Liga do Paquistão (PSL) de críquete, o principal evento desportivo do país, que está a ser realizado num estádio a alguns quilometros de distância.
A operação para prender Khan ocorreu depois que um tribunal de primeira instância na capital Islamabad ter emitiu um mandado contra Kham por este ter desafiado ordens de se apresentar ao tribunal sob acusações de que ele vendeu ilegalmente presentes do Estado dados a Kham por dignitários estrangeiros quando era Primeiro-ministro, de 2018 a 2022.
De acordo com uma lista compartilhada pela ministra da Informação, Marriyum Aurangzeb, no ano passado, os presentes dados a Khan i ncluíam sete relógios, sendo um avaliado em 85 milhões de rúpias (cerca de 300.000 dólares).
A lista, que a Reuters não pôde verificar de forma independente, também continha perfumes, jóias com diamantes e talheres. Khan negou irregularidades.