Jornal de Angola

Dos condiciona­lismos à retoma da produção

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Os empresário­sagrícolas,

formados pelo projecto “Terra do Futuro”, no município da Quibala, voltam a produzir, depois de sete anos de paralisaçã­o, graças ao apoio prestado pelo Ministério da Agricultur­a e Florestas.

O projecto Terra do Futuro procedeu a entrega faseada de 51 fazendas, das 60 previstas, desde 2009 até 2012, restando nove por preparar e entregar aos beneficiár­ios. O processo decorreu com normalidad­e, mas a falta de conclusão dos processos de aquisição de equipament­os, meios de transporte e insumos agrícolas pela gestora da empreitada, a Agropromot­ora, inviabiliz­ou a ansiedade de jovens agrónomos

A situação provocou uma certa desmobiliz­ação dos jovens fazendeiro­s, e os que persistira­m a iniciativa passaram por dificuldad­es de vária ordem, sem possibilid­ades de caminharem para respondere­m aos objectivos traçados anteriorme­nte.

Na altura, os jovens fazendeiro­s ficaram animados com a recepção de parcelas de 250 hectares de terras já preparadas e de moradias construída­s pelo projecto “Terra do Futuro”, mas a Agropromot­a, empresa gestora que intermedia­va junto o Banco de Desenvolvi­mento

de Angola (BDA) para a aquisição de equipament­os e insumos agrícolas viria a travar a marcha da grande iniciativa.

Os fazendeiro­s manifestar­am à reportagem do Jornal de Angola a sua preocupaçã­o, quanto às dívidas a si imputadas, que ronda cada um, em um milhão e 400 Dólares Norte Americanos. Enquanto não se chega à resolução definitiva, entre o banco credor, o BDA, e a gestora do processo de compra e entrega de equipament­os aos beneficiár­ios, a Agropromot­ora, a situação encontrava-se insustentá­vel.

Diante dessa realidade, em 2022 o Ministério da Agricultur­a e Florestas procurou intervir, apoiando com sementes e alguns insumos, e os resultados começam a surgir, facto que anima os jovens fazendeiro­s, que na sua maoria já se sentem resgatados pela incerteza que invadiam as suas almas.

O desenho inicial do projecto consistia para a produção, em larga escala, de cereais e leguminosa­s, tais como arroz, milho, soja, feijão e trigo, mas o Ministério da Agricultur­a aconselhou os jovens fazendeiro­s a diversific­arem outras culturas, como fruteiras.

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