Empresários orientados a explorar potencialidades do país
Responsável do sector da SADC afirma que a entrada de Angola na Zona de Comércio Livre (ZCL) vai marcar uma etapa nas trocas comerciais, com vantagens mútuas entre os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
Os empresários angolanos devem explorar ao máximo as potencialidades económicas de Angola e suas vantagens em relação aos outros países africanos, para que o país consiga obter índices satisfatórios nas t rocas comerciais, com a implementação do programa da Zona de Comércio Livre da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que conta com um mercado de 400 milhões de
habitantes.esta intenção foi manifestada, no último final de semana, em Luanda, pelo chefe da Delegação do
Secretariado Executivo da SADC, Alcides Monteiro, durante um encontro consultivo e de auscultação ao
sector empresarial privado angolano, que decorreu no quadro das reuniões consultivas sobre a adesão de
Angola ao Protocolo de Trocas Comerciais.
De acordo com Alcides Monteiro, com a entrada de Angola para a Zona de Comércio Livre (ZCL) irá marcar uma etapa promissora nas trocas comerciais, com vantagens mútuas entre os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com reflexos em benefícios no comércio internacional.
Apontou que o envolvimento do sector privado na Zona de Comércio Livre é fundamental e a SADC deve incluir este segmento em todos os processos de integração regional para a sua contribuição no crescimento das trocas comerciais na região. Sublinhou que o comércio na região representa apenas 20 por cento das trocas comerciais, e a meta é atingir 50 por cento, em 2030.
Segundo o diplomata, apesar de Angola representar a segunda maior economia da região, tem muito a oferecer à SADC, assim como, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral tem muito a dar para a economia angolana. Recordou que a integração regional na SADC é f eita por i ntermédio de vários instrumentos, como o Tratado da SADC, protocolos sectoriais e o Plano Indicativo de Desenvolvimento Regional, que inclui a Estratégia de Industrialização e Cadeia de Valores.
“Quanto a cadeia de valor, que informar que os países podem criar parcerias empresariais bilaterais e multilaterais ao nível da região e fazer com que o produto local seja considerado da região no seu todo, para que seja comercializado dentro da SADC, passando pela qualidade da produção, geração de emprego e economias de escala, para sairmos da dependência de importação de outros países”, disse.
De lembrar que a delegação técnica da SADC trabalhou, em Luanda, com objectivo de acompanhar o processo de revisão da oferta tarifária e as questões que têm a ver com o processo de negociação para o roteiro.