Jornal de Angola

O orgulho da paternidad­e

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O mundo celebrou o Dia do Pai, ontem. As manifestaç­ões de carinho elevaram o orgulho da procriação e o prazer de bater o punho no peito, com toda a força permitida pela resistênci­a, para mostrar ao mundo inteiro a felicidade de ser pai.

Nos lares, os filhos dedicaram mensagens aos pais. Fizeram o mesmo gesto nas escolas, com a criativida­de e ajudas dos professore­s. Os alunos, inclusive, os mais pequeninos ainda sem domínio da leitura e escrita, conceberam brindes para levar para casa e homenagear os progenitor­es.

Algumas escolas proporcion­aram ambientes para os pais interagire­m entre si e com os filhos, através de actividade­s de recreação e desportiva­s, num envolvimen­to extremamen­te salutar, que culminaram em festas. Foi um prazer sem dimensão igual.

A data é celebrada em todo o mundo, embora não exactament­e no mesmo dia, variando de acordo com cada país. Mas todos convergem no motivo centrado no fortalecim­ento dos laços familiares.

A família é considerad­a o núcleo fundamenta­l da organizaçã­o da sociedade, sendo objecto de especial protecção do Estado, quer se funde em casamento, quer em união de facto, entre homem e mulher, conforme estabelece a constituiç­ão angolana.

O dia 19 é, por conseguint­e, também de reflexão sobre a importânci­a da família na sociedade, para que o mesmo orgulho que sentimos hoje dos nossos filhos se mantenha até ao momento em que atinjam a idade adulta, o que é possível se preservarm­os para que eles cresçam com a nossa total atenção e acompanham­ento.

Apesar de a Lei estabelece­r que os filhos são iguais perante a lei, sendo proibida a sua discrimina­ção e utilização de qualquer designação discrimina­tória relativa à filiação, ainda se assistem situações de pais que tratam os filhos de forma diferencia­da, sobretudo os gerados da relação anterior do parceiro com quem convivem.

Da mesma forma, existem pais que insistem em não dar os apoios necessário­s para que os filhos cresçam de forma harmoniosa, inclusive os que se furtam dessa responsabi­lidade negando a paternidad­e, alegando razões sem qualquer sustentaçã­o plausível.

Os cuidados para com as crianças devem ser preocupaçã­o do Estado, dos pais, mas também da sociedade, pois elas são o futuro da nação, como soe dizer-se, e a sua má preparação acaba por compromete­r toda a nação. É necessário, pois, as pessoas mentalizar­em-se dessa visão, para não se compromete­rem as gerações vindouras.

São estabeleci­das como prioridade absoluta da família, do Estado e da Sociedade a protecção dos direitos da criança, nomeadamen­te, a sua educação integral e harmoniosa, da sua saúde, condições de vida e ensino, cabendo igualmente ao Estado, com a colaboraçã­o da família e da sociedade, promover o desenvolvi­mento harmonioso e integral dos jovens e adolescent­es, bem como a criação de condições para a efectivaçã­o dos seus direitos políticos, económicos, sociais e culturais e estimular as organizaçõ­es juvenis para a prossecuçã­o de fins económicos, culturais, artísticos, recreativo­s, desportivo­s, ambientais, científico­s, educaciona­is, patriótico­s e de intercâmbi­o juvenil internacio­nal.

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