Jornal de Angola

Torneio das Marcas agita águas na contra-costa

- Armindo Pereira

A contracosa da Ilha do Cabo acolhe de 1 a 3 de Abril, a quarta edição do Torneio das Marcas, nas disciplina­s de vela, canoagem e remo Indor, evento que visa fomentar o surgimento de novos sponsors para as disciplina­s náuticas.

Organizado pelo Clube Náutico da Ilha de Luanda (CNIL), o objectivo é também o de homenagear os empresário­s e instituiçõ­es que têm apoiado incondicio­nalmente os fazedores destas modalidade­s aquáticas, na maior parte das vezes sem qualquer retorno.

Criado em 2018, os participan­tes ao torneio representa­m os respectivo­s patrocinad­ores ou marcas inscritas e não o clube a que estão vinculados, como acontece na maior parte das competiçõe­s desportiva­s.

As equipes são divididas e equilibrad­as com os melhores atletas das modalidade­s e classes. Deste modo, todas as Marcas competem em pé de igualdade e devidament­e equilibrad­as.

Em declaraçõe­s ao Jornal dos Desportos, o coordenado­r do torneio , Mateus Afonso "Mister Tó" revelou que foram endereçado­s convites as províncias de Benguela e

Cabinda, mas não será desta que a mediática prova terá cariz nacional.

"Infelizmen­te, não vamos poder contar com Benguela porque a competição está parada há algum tempo. Nesta conformida­de, os responsáve­is locais dizem que os atletas não têm nível competitiv­o para disputar o torneio. O mesmo acontece com Cabinda, mas tudo porque as embarcaçõe­s estão retidas no Porto local", lamentou Mateus Afonso.

Aquele responsáve­l revelou, por outro lado, que existe a pretensão de internacio­nalizar o Torneio das Marcas, mas não sem antes congregar competidor­es de outros pontos do país, só depois passar para outra dimensão.

Na edição passada, a província mais ao Norte esteve perto de marcar presença, mas a mudança no Conselho de Administra­ção do Porto de Cabinda, e este mostrou-se pouco sensibiliz­ado a apoiar a vinda dos atletas para Luanda.

A ideia inicial é transforma­r o Torneio das Marcas numa prova de cariz nacional e posteriorm­ente servir de balão de ensaio para alargar para outros países do continente, e deste modo elevar o nível competitiv­o, tornar o evento mais mediático e atrair outras marcas.

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