Marco da libertação da África Austral

O país celebra, amanhã, dia 23 de Março, um marco importante na sua história e na do próprio continente africano. Completa-se nessa data mais um ano desde o fim da memorável batalha do Cuito Cuanavale. Assim chamada por ter ocorrido naquela região da província angolana do Cuando Cubando, de 15 de Novembro de 1987 a 23 de Março de 1988. Cuito Cuanavale é um dos nove municípios da província do Cuando Cubango, tal como Calai, Cuangar, Cuchi, Dirico, Mavinga, Nancova, Rivungo e Menongue, a sede capital. Cuito Cuanavale ocupa uma extensão territorial de 35.610 km2 e tem uma população estimada em cerca de 65 mil habitantes.

Fruto da vitória nesse grande evento, que ditou a derrota das forças sul-africanas e a sua retirada do Sul de Angola, a Namibia alcançou a independência nacional e o regime do apartheid chegou ao seu fim na África do Sul.

Com a derrota na Batalha do Cuito Cuanavale, os sul-africanos foram obrigados a assinar a Resolução 435 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que previa a independência da nação de Sam Nujoma. Foi, também, mercê desse importante acontecimento que foi instituído o Dia da Libertação da África Austral, que se celebra a 23 de Maio, amanhã.

Nesta data, os heróis da batalha são lembrados e homenageados pela sua entrega e sacrifício consentido durante o conflito, considerado como sendo dos mais sangrentos em África, que resultou nos ganhos que hoje conhecemos e celebramos.

O aniversário da Batalha do Cuito Cuanavale transpôs fronteiras e é também celebrado noutros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), pois a estatuição do dia 23 de Março teve a participação de todos porque levado a apreciação da cimeira dos Chefes de Estado da organização.

O Dia da Libertação da África Austral é, desse modo, um marco de todos, em que se ressaltam os esforços para a libertação da região austral, pelos ganhos que todos obtiveram com a vitória alcançada nessa histórica batalha.

Nessa altura, a província do Cuando Cubango recebe turistas de vários recantos do mundo atraídos pela curiosidade de ver de perto o local onde foram desencadeados os eventos que marcaram o continente africano e o mundo, obrigando o Governo a esmerar-se ao detalhe na criação de condições para acolher os visitantes.

Numa altura em que o país aposta na diversificação da economia, vislumbra-se aqui uma grande oportunidade de se fazer um maior aproveitamento das potencialidades turísticas para dar aos visitantes opções para uma larga escolha e ao país uma importante fonte de receitas.