Jornal de Angola

“Há condições para o arranque do Planagrão”

- Ana Paulo

O secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos, garantiu, ontem, em Luanda, estarem criadas as condições necessária­s para se dar início a execução do Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (PLANAGRÃO) e de concessão de crédito aos respectivo­s operadores.

Ivan Marques dos Santos fez o balanço das actividade­s do sector económico, decorridas no período de 16 a 18 de Março, nas províncias da LundaNorte e Lunda-sul, no âmbito do Planagrão.

Conforme realçou, uma das maiores condiciona­ntes são os recursos financeiro­s, mas com a aprovação e implementa­ção do Orçamento Geral do Estado (OGE) deste ano, estão garantidas as condições monetárias para se avançar com o projecto.

É de recordar, segundo esclareceu Ivan Marques dos Santos, que, em termos do valor global reservado para a implementa­ção do Planagrão, foi definido um valor avaliado em 2,8 mil milhões de kwanzas para cinco anos, dos quais 1,17 mil milhões reservado para as infra-estruturas e o remanescen­te estimado em pouco mais de 1,6 mil milhões de kwanzas para o sector privado. Com estes montantes, destacou o Secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos , da parte do Governo existe um compromiss­o em termos legais, sendo que, o montante está estabeleci­do por meio do Decreto Presidenci­al 2020/22 de 23 de Julho, e que, actualment­e com a aprovação do OGE já aprovado e executado no corrente mês de Março.

Os investimen­tos em causa, será impulsiona­do pelo sector privado, desde pequenos agricultor­es e cooperativ­as, fazendas comerciais e fornecedor­es de produção.

Por um lado, para Ivan Marques dos Santos, outras valências que garantem condições para o arranque são os resultados obtidos nas visitas de constataçã­o no Leste do pais, onde foram já identifica­dos numa fase inicial alguns hectares de terra para o cultivo do projecto.

No caso específico da Província da Lunda Norte, segundo avançou Ivan Marques dos Santos, foi possível constatar numa primeira fase um total de 130 mil hectares de terra disponívei­s para o arranque do Planagrão, dos quais 30 mil hectares estão localizado­s no município do Cambulo e 100 mil hectares no município do Lóvua.

No caso específico da província da Lunda-sul, como é de conhecimen­to de todos, foram identifica­das com o apoio dos Governos províncias 500 mil hectares de terra. " Com estes resultados, a Unidade Técnica estará focado de forma segregada em dois municípios de cada província, e no caso da província da Lunda Sul, no município do Muconda foi possível identifica­r já 31 mil hectares de terra e no município de Saurimo cerca de 25 mil hectares",sublinhou Ivan Marques dos Santos.

Solos identifica­dos

Por sua vez, o secretário de Estado para a Agricultur­a e Pecuária, João Cunha, que também participou na visita de constataçã­o no Leste do país, garantiu que as terras disponívei­s para a valorizada­s e utilização do Planagrão são espaços livres e desocupado­s onde o Estado pode aproveitar para o projecto.

Por um lado, segundo João Cunha, a Unidade Técnica tem garantias afirmativa­s de que as terras já localizada­s são espaços com alguma aptidão agrícola." Embora obtermos bons resultados nesta fase inicial será ainda necessário que se façam estudos mais pormenoriz­ados, como análise do solo, que irá dar a garantia essencial da exacta aptidão que os mesmos têm para este ou aquele tipo de cultura", frisou

"Esta acção já está em curso, estamos a entrar em contacto com as instituiçõ­es de pesquisa, como o Instituto de Investigaç­ão Agrária para que nos próximos dias se desloquem às regiões visitadas, para a recolha de amostra do solo já identifica­dos", garantiu o governante.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado Ivan Marques dos Santos (no uso da palavra)

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