Porto do Lobito focado na transição de paradigmas
A peça teatral exibida no salão Nobre da Administração do Porto do Lobito e que mereceu abordagem no discurso do PCA foi um momento para se reconhecer, ainda por via de encenação, o actual foco direccionado na transição vivida pelo Porto do Lobito, que deve passar de um Porto Operador para Porto Senhorio.
“Foi muito bom ter sido exibida a peça teatral, que retrata o momento de transição que a instituição vive. É neste sentido que caminhamos para a concessão dos terminais, uma forte aposta do Executivo”, disse. O gestor explicou que o Porto-senhorio se dedica à regulamentação, à fiscalização da actividade desenvolvida por distintos operadores, que têm as concessões dos terminais. Acrescentou, que haverá um período em que a administração da empresa portuária do Lobito deixará de operar e daí passará a responsabilidade do consórcio toda a gestão.
“Nesta altura, ainda somos um Porto Operador, por estarmos a fazer a gestão dos distintos terminais. Haverá sim a transição para o concessionário. É uma realidade. Trata- se de uma medida acertada do Executivo”, afirmou. Segundo o PCA do Porto do Lobito, está-se a trabalhar em conjunto para que a entrega seja feita a curto prazo, um trabalho que implica a participação do Porto, do Caminho-de-ferro de Benguela (CFB) e do próprio consórcio. De 2008 a 2012, beneficiou do projecto de reabilitação, ampliação e modernização, empreendida pelo Estado angolano. Actualmente, está-se a espera de tornar a infra-estrutura em “Porto-senhorio”, com a entrega dos terminais polivalentes e mineraleiro ao consórcio constituído pelas empresas Trafigura, Vecturis e Mota Engil.
O conceito de “Porto Senhorio” (do inglês Landlord Port) refere-se à ocasião em que apenas as infra-estruturas portuárias são de posse e controlo do agente público (Empresa pública ou Governo) e as supra-estruturas, incluindo os equipamentos, e o trabalho portuário são do controlo e gestão do sector privado.
“Nesta altura, ainda somos um Porto operador, por estarmos a fazer a gestão dos distintos terminais”