76 migrantes da Tunísia e da Líbia foram repatriados
O Senegal repatriou, ontem, 76 compatriotas da Tunísia e da vizinha Líbia, anunciou o Governo numa nota enviada à AFP. O Governo senegalês abriu uma unidade de crise e um registo para identificar os repatriados.
Das 172 pessoas registadas e estabelecidas na Tunísia e na Líbia, 76 foram repatriadas num voo da companhia aérea nacional Air Senegal, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado divulgado nas redes sociais.
O ministério não especificou o número de pessoas repatriadas de cada um dos dois países. Também não explicou a razão pela qual foram trazidos de volta da Líbia.
A Líbia está mergulhada em uma grave crise política desde a queda de Muammar Khadafi, em 2011. Ao contrário dos vizinhos como República da Guiné e Mali, o Senegal tem sido discreto sobre a repatriação. As autoridades senegalesas proibiram uma manifestação de protesto em frente à Embaixada da Tunísia em Dakar a 4 de Março contra as declarações do Presidente tunisiano.
O Presidente do Senegal, Macky Sall, informou a 10 de Março, no Twitter, que se encontrou com o Presidente da Tunísia no mesmo dia. “Discutimos questões de interesse comum. Apreciei as medidas de apaziguamento que ele tomou no contexto da situação actual”, disse.
Recentemente, Kais Saied proferiu um discurso onde acusava os imigrantes subsaarianos de estarem a transformar a demografia tunisina, dando o pontapé de saída para uma série de acções de violência e discriminação contra a comunidade africana radicada no país do Norte de África.