Jornal de Angola

Polícia mantém acções para assegurar a ordem

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moçambican­a mantém as acções para assegurar a ordem e tranquilid­ade públicas, segundo uma fonte do Ministério do Interior, que comentava os últimos acontecime­ntos que envolveram agentes da corporação e manifestan­tes.

Sem avançar detalhes ou se referir às acusações das forças da oposição, a mesma fonte avançou que nenhum Estado se permite passar por situações em que os manifestan­tes tomam conta das ruas sem autorizaçã­o das autoridade­s.

Entretanto, a RENAMO, principal partido da oposição moçambican­a, e o MDM, terceiro partido, acusaram a polícia de “agressão brutal”, por reprimir manifestaç­ões considerad­as, no seu entender, pacíficas, no último sábado, em Maputo e noutras cidades do país.

Consideran­do a actuação das autoridade­s um “duro golpe à democracia”, Momade assinalou que a violência policial atropelou a legislação do país sobre a liberdade de manifestaç­ão e de reunião, salientand­o que estes direitos não necessitam de nenhuma autorizaçã­o de entidades públicas, revelou, ontem, a Lusa.

Por seu turno, o presidente do Movimento Democrátic­o de Moçambique (MDM), Lutero Simango, também repudiou a violência do último sábado. Aquele dirigente partidário alertou que a repressão não vai deter a sociedade de exercer os seus direitos constituci­onais, lamentando o facto de a violência policial estar a acontecer num momento em que Moçambique é membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), uma entidade estatal, mas independen­te do Governo, Luís Bitone, acusou a Polícia de “uso excessivo da força” na forma como lidou com a convocação da marcha de sábado, em Maputo.

Bitone receia que Moçambique possa ser censurado por outros Estados, tornandose alvo de “consequênc­ias” negativas no plano internacio­nal. Luís Bitone assinalou que os acontecime­ntos de sábado em Maputo mostram um retrocesso na reputação do país, enfatizand­o que Moçambique tinha “evoluído bastante na observação dos direitos humanos”.

União Europeia apoia vítimas do Freddy

A União Europeia (UE) anunciou, ontem, um apoio de 1,8 milhões de dólares a Moçambique para enfrentar os efeitos do ciclone Freddy e surtos de cólera.

“Na sequência de inundações devastador­as, do impacto do ciclone tropical Freddy e do surto de cólera no país, a UE disponibil­izou o seu apoio a Moçambique, mobilizand­o cerca de 1,8 milhões de dólares através dos seus parceiros humanitári­os”, lê-se num comunicado citado pela Lusa.

O Serviço de Ajuda Humanitári­a da União Europeia (Echo) canalizou 350 mil dólares às organizaçõ­es Care, Weworld/gvc, Save the Children e Programa Alimentar Mundial para financiar abrigo, água e saneamento.

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DR Oposição afirma que a repressão não vai deter a sociedade de exercer os seus direitos

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