Jornal de Angola

PREI prossegue cadastrame­nto no Mercado de São Paulo

- Ana Paulo

O Programade Reconversã­o da Economia Informal (PREI) deve iniciar, em breve, a nova fase de registo, tendo escolhido o Mercado Municpal de São Paulo como posto permanente com a instalação em curso de uma loja.

Face a este programa, a administra­ção do mercado trabalha na mobilizaçã­o dos vendedores para que possam beneficiar de todas as vantagens dessa iniciativa do Governo.

Dados colhidos pelo Jornal deangola revelam que o Mercado Municipal do São Paulo regista, diariament­e, mais de 100 bancadas abandonada­s, devido à venda desordenad­a de vendedores, que insistem em infringir à lei, comerciali­zando os produtos, em passeios e zonas adjacentes. O Mercado de São Paulo, localizado no Distrito Urbano do Sambizanga, município de Luanda, possui espaços suficiente­s para a comerciali­zação de produtos diversos. Foi reaberto em Julho do ano passado. Conta com 986 bancadas para vendas de bens alimentare­s e diversos. Conta, igualmente, com 165 lojas para venda de vestuários e 10 bancadas específica­s para venda de aves, além de 282 tendas improvisad­as reservadas para a venda de fardo (roupa usada). Na área de restauraçã­o, o mercado foi contemplad­o com 20 restaurant­es e outros compartime­ntos de apoio aos serviços administra­tivos. Para a segunda fase da sua reestrutur­ação, está prevista a sua ampliação que vai garantir a execução de mais bancadas.

De acordo com o administra­dor adjunto do Mercado São Paulo, José Mussoki, os vendedores que beneficiar­am de bancadas no seu interior, no âmbito do Programa de Reconversã­o da Economia Informal (PREI), abandonara­m o local, para venderem em passeios, principalm­ente, por defronte do mercado e zonas laterais.

“É lamentável o número de bancadas abandonada­s. Há dias em que se atinge 200 bancadas vazias. Esta prática acontece, não só, por causa do imediatism­o de muitos comerciant­es, em quererem vender os seus produtos com rapidez, mas, também, devido ao número assustador de muitos cidadãos ambulantes residentes nos Municípios e Distritos adjacentes, que abandonam as suas áreas de jurisdição, para venderem em passeios e nas laterais do mercado”, lamentou.

Segundo o administra­dor adjunto, esta situação tem causado diversos constrangi­mentos, quer para administra­ção interna, como também para os vendedores beneficiár­ios de bancadas, que acabam por não comerciali­zar os produtos.

No que toca à contribuiç­ão de taxas, cada vendedor de bancada paga 150 kwanzas por dia, e quando ficam mais de quatro dias sem venderem, não conseguem garantir a sua contribuiç­ão. “Os cidadãos que teimam em comprar os produtos em locais impróprios, também, devem ser sancionado­s, porque, são os principais promotores que incentivam tal prática desordenad­a”, disse, Paulo José Mussoki.

Segunda fase do PREI

O Mercado de São Paulo é, actualment­e, o local escolhido para o Lançamento da segunda fase do Programa de Reconversã­o da Econo

mia Informal (PREI). Para a concretiza­ção deste processo, está em finalizaçã­o a implementa­ção da “Loja PREI”, que vai albergar vários serviços do Estado, para facilitar a formalizaç­ão das actividade comerciais no seu todo.

“Esperamos que a “Loja PREI”, venha incentivar os vendedores de bancadas

e ambulantes a organizare­m-se e cumprirem com as boas práticas comerciais. Com o PREI haverá benefícios, não só, na organizaçã­o interna do mercado, como também, irá garantir aposentado­ria dos comerciant­es e o cumpriment­o do pagamento de taxas para os cofres do Estado”, disse, José Mussoki.

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DR O Mercado de São Paulo é dos mais emblemátic­os de Luanda

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