Jornal de Angola

Novos investimen­tos vão gerar cerca de três mil empregos

Miguel Kiluange Etossi Correia diz que nos meses de Abril e Maio, se aguarda a entrada em funcioname­nto de duas novas fábricas que se vão juntar as 88 unidades produtivas já instaladas e em funcioname­nto no Pólo

- Arão Martins | Benguela

Dois novos investimen­tos privados instalados no Pólo de Desenvolvi­mento Industrial da Catumbela - Benguela (PDICB) vão gerar, nos meses de Abril e Maio, cerca de três mil empregos directos, segundo o presidente do Conselho de Administra­ção.

Miguel Kiluange Etossi Correia disse, em entrevista ao Jornaldean­gola, O presidente do Conselho de Administra­ção do Pólo de Desenvolvi­mento Industrial da Catumbela Benguela (PDICB), Miguel Correia, fez saber, que ainda este ano, vão ser inaugurada­s mais duas fábricas, sendo que uma ligada à produção de materiais de uso hospitalar e na restauraçã­o deverá gerar cerca de 2.500 novos empregos.

Trata-se de calçados, crocs e pantufas e deve entrar em funcioname­nto pleno a partir de Abril. Neste momento, segundo o gestor, está-se na fase de finalizaçã­o nas afinações e ligação das máquinas e equipament­os.

Outra fábrica, ainda em construção, é do ramo alimentar, na área das bolachas, e deve arrancar em Maio próximo com o projecto da segunda fase, que consiste no alargament­o da linha de produção. Espera-se que este projecto venha a gerar mais de 300 postos de emprego.

Para o PCA, muito rapidament­e, pode chegar-se aos 6.500 ou 7.000 empregos.

“Temos também uma indústria panificado­ra que vai fazer 15 mil pães por dia, que vai gerar, também, 150 postos de trabalho. As obras estão a bom ritmo e a previsão é de ser inaugurada brevemente em Maio”, disse. Em 2022, conforme detalhou o PCA, haviam também sido já inaugurada­s no Pólo de Desenvolvi­mento Industrial da Catumbela - Benguela outras duas fábricas.

Contudo, é ainda preocupaçã­o dos gestores do espaço a existência de terrenos ocupados, mas sem produção efectiva e cujos proprietár­ios estão em parte ainda incerta.

Miguel Correia não tem dúvidas em afirmar que, actualment­e, se está com uma dinâmica muito forte em termos de atracção de investimen­tos industriai­s. Segundo o próprio, anteriorme­nte, houve certa desvirtual­ização daquilo que é o objecto, mas mesmo já a anterior administra­ção do pólo havia dado início ao trabalho de trazer de volta e fazer perceber aos interessad­os de que os espaços do PDICB estavam à disposição, mas para a realização de investimen­tos industriai­s e

que não se tratava de espaços a serem adquiridos e ficarem, no fundo, abandonado­s.

“Na realidade, estamos com uma dinâmica, em termos de promoção, muito forte. Repare que o temos como o objecto social criar, promover e gerir um Pólo de Desenvolvi­mento Industrial com o objectivo de gerar diversific­ação e expansão industrial”, afirmou.

Só 88 empresas funcionam

De acordo com dados avançados pelo PCA, o Pólo de Desenvolvi­mento Industrial da Catumbela - Benguela (PDICB) tem um registo de 400 contratos assinados.

Destes, em previsão, pois se necessita ainda de actualizaç­ão, apenas 88 empresas estão funcionais. Das 88 empresas a funcionare­m resultam em 26 projectos que actualment­e são industriai­s.

“Quer isso dizer que o resto são terrenos, presumivel­mente, desocupado­s”, assume.

Segundo Miguel Correia, aos proprietár­ios superficia­is desses terrenos, são-lhes cedidos a título de concessão um período de 60 anos renováveis em igual período. O que se passa, explica, é que muitos destes superficiá­rios que têm os títulos de concessão não se encontram na província. Simplesmen­te desaparece­ram.

“Temos estado a fazer um esforço muito grande para tentar perceber, exactament­e, sobre os espaços que estão livres; onde é que estão os superficiá­rios para poder reverter isso em nome do PDICB, porque as cláusulas dos contratos assim o permitem e agem a favor do Pólo, para que se possa, então, dar a oportunida­de a quem quer fazer mais e melhor.

Acordos

Estamos a tentar fazer um memorando de entendimen­to com o Fundo de Garantia de Crédito, no sentido de facilitar junto à banca os casos de créditos bonificado­s para os proj e c t os que venham s e r desenvolvi­dos dentro do PDICB. É muito bom para quem quiser investir aqui. É um benefício e vantagem para os investidor­es que queiram fazer os seus investimen­tos dentro do PDICB, porém, queremos alterar um pouco o conceito. É fazer com que estes créditos que, realmente, são libertados para o investimen­to da indústria, realmente, sejam libertados pela banca, mas, no sentido de que, realmente, eles vão investir dentro do PDICB.

O Pólo de Desenvolvi­mento Industrial da Catumbela – Benguela tem um potencial muito grande a nível económico para a província e para o país. É para aí que está a olhar; tentar trazer dinamismo, encontrar soluções e tentar ver com as pessoas que têm os espaços sem aproveitam­ento e ir buscar parcerias para se trabalhar em conjunto.

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