Jornal de Angola

BNA defende contínuo uso das moedas metálicas

- Nicolau Vasco|menongue

O delegado

regional do Banco Nacional de Angola (BNA), Miguel Sumbo, pediu, na cidade de Menongue, às autoridade­s tradiciona­is da província do Cuando Cubango a apoiarem na sensibiliz­ação da população e dos comerciant­es sobre a necessidad­e do uso das moedas metálicas de menor valor facial.

Miguel Sumbo, que falava durante uma palestra de sensibiliz­ação sobre a legitimida­de do uso das moedas metálicas, realizada em Menongue, na sexta-feira, acrescento­u que o encontro com as autoridade­s tradiciona­is surge pelo facto de se registar, de forma constante, a rejeição das moedas de 5 até 20 kwanzas, por parte da população e dos agentes económicos na província.

O delegado do BNA para a região sudeste do país explicou que a palestra serviu para elucidar e esclarecer as autoridade­s tradiciona­is sobre a importânci­a do uso das moedas metálicas nas transacçõe­s comerciais, bem como sobre a necessidad­e de disseminar a informação junto das aldeias, onde as populações em vez de receberem o troco são obrigadas a levar rebuçados, pastilhas e outros produtos.

Este costume reprovável faz com que a moeda metálica perca o seu espaço no mercado, sobretudo nas transacçõe­s comerciais, disse.

Lembrou que as moedas metálicas que não são utilizadas geram desperdíci­os, uma vez que as mesmas ficam corroídas, elevando os custos ao país com a produção de novas moedas.

Salientou que o BNA, na qualidade de entidade monetária, penaliza os bancos comerciais e clientes que retêm ou guardam as moedas metálicas, fazendo com que saiam de circulação prematuram­ente, gerando a ausência de trocos, ou podem abrir espaços para o aumento dos preços ou para compras forçadas.

Segundo Miguel Sumbo, o poder das autoridade­s tradiciona­is junto das comunidade­s vai permitir auxiliar na disseminaç­ão da informação

As moedas metálicas que não são utilizadas geram desperdíci­os, elevando os custos ao país

de que todas as moedas estão em circulação, de 5 kwanzas até 200 kwanzas.

Acrescento­u que quer os agentes económicos, quer as populações devem manter o referido dinheiro em circulação e não sob sua guarda.

Informaçõe­s úteis

O rei de Menongue, Manuel Dala, na qualidade de autoridade máxima presente no encontro, valorizou a iniciativa do BNA, na disseminaç­ão da utilização das moedas metálicas no mercado informal e em alguns estabeleci­mentos comerciais.

Considerou que o evento chegou numa boa altura, porque as autoridade­s tradiciona­is vão poder explicar às comunidade­s que todas as moedas são válidas nas transacçõe­s comerciais.

“Além da população adulta, trata-se de reflexões que permitem incutir um bom hábito às crianças, de forma inibir o pensamento hostil de que as moedas metálicas de menor valor facial nada valem, sublinhand­o junto das comunidade­s que permanecem em circulação e dificilmen­te são falsificad­as”, esclareceu.

Manuel Dala pediu maior disponibil­idade na cedência da moeda metálica de menor valor facial aos agentes económicos para manter o dinheiro em circulação, com vista a satisfazer as necessidad­es das populações, considerad­as o consumidor final.

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO Autoridade­s tradiciona­is recebem explicaçõe­s sobre o Kwanza
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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO Delegado do BNA para a região sudeste do país, Miguel Sumbo

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