PERFIL Pedro Garcia Bairro do Cotel, cidade de Benguela muito trabalho.
NOME Filiação
Armando Duarte Garcia e de Maria Varela
Data de nascimento
Naturalidade Estado civil
Casado com a senhora antiga capitã da Selecção Nacional de Andebol Maria José dos Santos Garcia
Filhos
Quatro (uma menina e três rapazes)
Melhores cidades de Angola
Benguela e Lubango (Huíla)
Melhor cidade no exterior
Lisboa
Clube do coração
Portugal de Benguela, primeiro, que originou depois o Nacional de Benguela. Esse é que é o meu verdadeiro clube do coração. Foi aí onde aprendi futebol
Início da carreira desportiva
Em 1968, com nove anos. Terminei a carreira de jogador de futebol em 1987
Memória de alguns golos que marcou
Não muitos, mas marquei alguns. E curiosamente tinha uma altura que me facilitava bastante cabecear para a baliza. Não posso precisar agora, para não mentir, o número de golos que marquei, mas foi um bom número, quer em clubes, quer na Selecção Nacional
Clubes que lhe deram muito trabalho ao longo da carreira
Sou dos dois tempos: colonial e pós-Independência. No tempo colonial, os jogadores que mais trabalho me deram foram Carlos Alves, Arlindo Leitão, o Neto, o Dudu... São os jogadores que me deram muito trabalho. Havia outros. Mas tinha muitas dificuldades com estes jogadores. Como referências, no tempo colonial, essas pessoas deram que falar.depois da Independência eram poucos, porque muitos eram meus colegas, com excepção do Jesus, o Afonso, o Chinguito e o Abel, que me deram
Como ocupa os tempos livres?
Muito fácil. Eu levantome todos os dias às 4h30 da manhã. Às 5h00 estou na rua a correr e faço os meus exercícios físicos. Faço entre seis e nove quilómetros por dia, com excepção das terças e quintas-feiras e sábados, dias em que vou treinar no Nacional com a minha equipa. Quando tenho jogo não vou treinar na rua.
Tem casa própria?:
Esta casa onde estamos a fazer essa entrevista é minha
Carro próprio
Felizmente tenho um, mas já está na recta final. Tenho o que me foi dado pelo antigo ministro da Juventude e Desportos Gonçalves Muandumba
Qual é o apoio que gostaria de receber do Governo
Tudo que fosse possível e o reconhecimento do que eu fiz. Eu receberia de bom grado
Algo a acrescentar
O Jornal de Angola fez bem em entrevistarme, porque consegui abrir a minha alma para dizer algumas coisas sobre a minha trajectória que estão escamoteadas, escuras e muito fechadas. Acho que esta entrevista abrirá os olhos de muita gente, quer do Governo, quer da sociedade civil. Repito que não fiz esta entrevista para fazer passar uma imagem de pedinte. Não sou pedinte. Há pessoas que precisam mais do que eu. Mas, repito: devemos ser reconhecidos, quer a nível das províncias, quer a nível nacional, como aqueles que deram maior ênfase desportiva ao país.