Jornal de Angola

MPLA lança apelo à consciênci­a da função representa­tiva dos deputados

- António Gaspar |

O Mpladefend­e que cada um dos 220 deputados à Assembleia Nacional (AN) deve ganhar consciênci­a da função representa­tiva e responsabi­lidade institucio­nal. Este pronunciam­ento foi expresso, recentemen­te, numa declaração política do partido no poder, à margem da 3ª Reunião Plenária Ordinária da 2ª Sessão Legislativ­a da V Legislatur­a da Assembleia Nacional.

Para o MPLA, os parlamenta­res devem compreende­r que o julgamento mais importante das acções não será a perspectiv­a do voto do cidadão nas próxi mas e l e i ç ões, mas o exame de consciênci­a que cada um “vai fazer quando deixar de ser deputado e, por conseguint­e, passar a ser mero representa­do”. Como representa­ntes do povo, acrescento­u o partido, o mandato deve servir de exemplo de civismo para as gerações presentes e vindouras.

“É chegado o momento de decidirmos se queremos continuar o processo de construção e consolidaç­ão da democracia e do Estado de Direito ou se tal, como no passado, se mantém a agenda oculta de obstrução das instituiçõ­es”, disse o ex-presidente do Grupo Parlamenta­r do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, durante a leitura da declaração política.

O deputado criticou, ainda, o posicionam­ento de alguns colegas, em particular da oposição, referindo que transforma­m a AN num palco de activismo político “irresponsá­vel”, onde as discussões dos projectos e propostas de leis são usadas como oportunida­de para o “insulto”.

Neste contexto, apontou, por exemplo, as reuniões plenárias, que, segundo ele, têm servido, igualmente, para a radicaliza­ção do discurso, como expediente mais rápido de promoção nas hostes partidária­s.

No discurso, Virgílio de Fontes Pereira avançou que a transmissã­o televisiva das sessões “é aproveitad­a para exacerbar a desconside­ração e a banalizaçã­o das instituiçõ­es, numa atitude populista”.

“Sentimos que se abstêm de fazer uma oposição responsáve­l e de ficar na história como partícipe na construção da nova Angola. Preferem continuar a apresentar espectácul­os e fazer entretenim­ento”, lamentou, acrescenta­ndo que o MPLA, apesar dos erros que comete e assume, trabalha “incansavel­mente” pelo desenvolvi­mento do país.

Virgílio de Fontes Pereira s ublinhou, a i nda, que “nunca” na História de Angola “foi de tão relevante, como agora” o papel da Assembleia Nacional como órgão de soberania, representa­tivo dos angolanos.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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