Alemanha quer produção de armas em larga escala
O chanceler alemão instou, ontem, os europeus a voltarem-se para a produção em massa da equipamento militar, favorecendo encomendas agrupadas e de longo prazo, para cumprir as metas de apoio militar à Ucrânia, alertando para a ameaça duradoura representada pela Rússia.
Olaf Scholz marcou presença na cerimónia de inauguração de uma nova fábrica de armas de Rheinmetall, no maior complexo industrial de defesa da Alemanha, em Untelüss, na região Norte do país.
A nova unidade deve produzir munições de artilharia de 155 milímetros a partir de 2025, visando gradualmente uma capacidade de 200 mil projécteis por ano.
Segundo Scholz, este é uma 'chamada' para os europeus, para que fortaleçam a base industrial de defesa do continente. “Devemos voltar-nos para a produção de armas em grande escala”, insistiu Olaf Scholz, lembrando que esta é uma “necessidade urgente”.
“Por mais dura que seja esta realidade, não vivemos tempos de paz”, sublinhou o chanceler alemão. A guerra da Rússia na Ucrânia e as “ambições” de Vladimir Putin, representam “uma grande ameaça”, alertou.
Nesta situação, “quem quer a paz deve conseguir dissuadir possíveis agressores”, defendeu o chefe do Governo na Alemanha. Apesar dos milhares de milhões de euros em armas entregues à Ucrânia pelos países da União Europeia (UE) desde o início da invasão russa, estes ainda estão longe de ter alcançado capacidade suficiente para apoiar de forma sustentável o país e reconstituir as suas próprias reservas.
De a c o r do c o m Olaf Scholz, para resolver estes problemas é necessária uma cooperação industrial “mais estreita” entre os 27 Estados-membros.
“Uma defesa forte exige uma base industrial sólida. Isto acontecerá se nós, europeus, agruparmos as nossas encomendas, se unirmos os nossos recursos e assim dermos à indústria perspectivas para os próximos 10, 20 ou 30 anos”, sublinhou.