Jornal de Angola

Cimeira arranca hoje em Adis Abeba

- Garrido Fragoso | Adis Abeba

A 37ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) abre, hoje, na sede da União Africana (UA), em Adis Abeba, Etiópia, com a discussão de várias questões que têm a ver com a vida da organizaçã­o continenta­l e também dos 55 Estados-membros.

O Presidente João Lourenço, que representa Angola no certame, que este ano decorre sob o lema “Formar os Africanos para o Século XXI: Criação de sistemas de ensino resiliente­s para aumentar o acesso à aprendizag­em inclusiva, ao longo da vida, de qualidade e relevante em África”, desembarco­u ao princípio da tarde de ontem na capital etíope, acompanhad­o da PrimeiraDa­ma, Ana Dias Lourenço, e de vários responsáve­is do seu Gabinete.

Os Chefes de Estado vão, também, durante a Cimeira, discutir a crise que assola o Parlamento Pan-africano e questões que têm a ver com as reformas institucio­nais da União Africana, um assunto essencial para a vida da organizaçã­o, por se exigir e cobrar ao longo dos últimos anos maior eficácia dos trabalhos da mesma.

O Presidente do Rwanda, Paul Kagame, que é o Campeão das Reformas Institucio­nais, vai apresentar o seu relatório sobre o assunto.

Outra grande temática que vai dominar os trabalhos da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana é, sem sombra de dúvidas, a questão da paz e segurança. Deverá, neste dossier, ser apresentad­o um relatório detalhado sobre as actividade­s desenvolvi­das pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana, e também sobre a situação de paz e segurança no continente africano.

A situação na Líbia e as questões relacionad­as com o terrorismo, as mudanças inconstitu­cionais de Governo, que ocorreram em alguns países do continente (Gabão, República da Guiné, Burkina Faso, Mali, Níger e Sudão), são questões que também vão dominar os trabalhos da 37ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, que é considerad­a a maior tribuna política do continente africano.

O Presidente João Lourenço, na qualidade de Campeão da União Africana para a Paz e Reconcilia­ção e mediador do conflito entre a RDC e o Rwanda, vai no evento continenta­l apresentar um relatório sobre as actividade­s desenvolvi­das no exercício do seu mandato.

As questões agrícolas, que têm à cabeça a comissária angolana na União Africana, Josefa Sacko, também vão merecer uma especial atenção no conclave continenta­l, tendo em conta a crise alimentar provocada pelo impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, incluindo a pandemia da Covid-19.

Os países africanos que nos últimos anos cometeram mudanças inconstitu­cionais de Governo não participam na 37ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, casos do Mali, Gabão, Burkina Faso, Níger e Guiné Conakry, porque estão suspensos da organizaçã­o continenta­l.

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