Associação de Pesca Artesanal valoriza melhorias registadas
Classe enfrenta dificuldades, como são os casos do abastecimento de combustível de forma inadequada
O presidente da Associação de Pesca Artesanal, Semiindustrial e Industrial de Luanda (APASIL), Manuel Bernardo Azevedo, valoriza as acções desenvolvidas, nos últimos anos, em todo o país, pelo Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, através das quais se tem procurado melhorar a cadeia de valor do pescado.
Na visita de campo da ministra da tutela, Manuel Bernardo Azevedo apontou os combustíveis, assim como os pontos de carga, embarque e desembarque e unidades de manuseamento de pesca como os principais desafios que devem constar na agenda de prioridades. No caso específico dos combustíveis, o presidente de direcção da APASIL, Manuel Bernardo Azevedo, mostrou preocupação em relação à classe da pesca artesanal, pois que, até ao momento, os armadores não têm protecção local para abastecer os barcos, um processo ainda feito com recipientes de plástico.
Esta opção preocupa, uma vez que os armadores, quando interpelados pelas autoridades policiais, marítimas e ambientais, acabam por não saber como provar as suas alegações. “Quando os armadores fazem o processo de abastecimento por via de bidão, muitos estão a ser indiciados no crime de contrabando de combustível, facto que tem provocado muitos incómodos”, afirmou.
Manuel Bernardo Azevedo sublinhou, por outro lado, que o preço do combustível para a pesca industrial deve ser repensado, porque hoje ronda os 910 kwanzas o litro, e os pescadores artesanais não têm como aguentar. Outro grande “calcanhar de Aquiles” tem a ver com a empresa Pescangola, que tem praticado preços altos na venda de kits de pesca, o que faz encarecer também o produto final no mercado.