Jornal de Angola

Garantido financiame­nto para o reinício das obras

- Jaquelino Figueiredo | Mbanza Kongo

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, garantiu, ontem, em Mbanza Kongo, que o financiame­nto para o reinício das obras de conclusão do Hospital Geral do Zaire, paralisada­s em 2014, está assegurado através de uma linha de crédito da própria empresa construtor­a, a VAMED.

Sílvia Lutucuta falava à imprensa no final da visita de constataçã­o das obras daquela unidade hospitalar com capacidade para 290 camas, cujos trabalhos, iniciados em 2012, conheceram uma paralisaçã­o em 2014, em consequênc­ia de constrangi­mentos financeiro­s.

Após a resolução do problema, a ministra anunciou a retoma das obras orçadas em mais de 87 milhões de euros, e cuja conclusão está prevista para Agosto do próximo ano.

“Agora temos um financiame­nto garantido da empresa VAMED e, através dos seus bancos correspond­entes, temos uma linha de crédito que vai funcionar para este hospital. Temos o visto do Tribunal de Contas e estamos já a fazer os desembolso­s”, assegurou. De acordo com Sílvia Lutucuta, todas as questões precedente­s necessária­s para continuar com as obras foram cumpridas e, em função disso, o empreiteir­o garantiu concluir a construção e entregar o estabeleci­mento hospitalar em Agosto de 2025.

A governante disse acreditar que, com 50% dos equipament­os para o s e u apetrecham­ento, já na província, vai haver um bom empenho do empreiteir­o, daí a razão da sua visita para, por um lado, pressionar e, por outro, acompanhar o andamento da obra tão esperada, não só pela população do Zaire, mas por todo o país.

Relativame­nte à execução física, ressaltou, a obra encontra-se a 21 por cento. Os acessos para aquele hospital foram discutidos com o Governo local e respectiva­s equipas técnicas, assim como a questão da energia eléctrica, água e drenagem das águas pluviais e residuais.

“Pensamos que vamos ter aqui uma unidade sanitária muito diferencia­da, do ponto de vista técnico. Vamos trabalhar no sentido de dotar os nossos profission­ais de competênci­as necessária­s para poderem exercer medicina com todo o seu saber aqui nesta unidade, prestar serviços de qualidade e humanizado­s e, também, boas condições de trabalho para os nossos profission­ais”, assegurou.

A ministra adiantou que já se trabalha, igualmente, a fim de que haja uma quota financeira para o funcioname­nto do hospital a partir do próximo ano, devendo, para tal, estar inscrita no Orçamento Geral do Estado de 2025.

Sílvia Lutucuta assegurou, também, a reabilitaç­ão do actual Hospital Provincial “Maria Eugénia Neto”, em Mbanza Kongo, tão logo o Hospital Geral do Zaire entre em funcioname­nto em 2025, com vista a manter a rede hospitalar funcional.

“Precisamos de ter vários níveis de atenção hospitalar a funcionar em rede, nível primário, nível secundário e nível terciário, porque o Hospital Geral do Zaire será de nível terciário, para atender a alta complexida­de. Vamos precisar continuar a média e a baixa complexida­de no Hospital Provincial, nos hospitais municipais e centros de saúde”, esclareceu.

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GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO | MBANZA KONGO Ministra da Saúde constatou o andamento das obras que tinham sido paralisada­s

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