Polícia realiza operações para reforçar a segurança e a tranquilidade públicas
População está a ser aconselhada no sentido de dar informações que permitam localizar e deter os que cometem crimes, como assaltos em residências e na via pública, com recurso a armas de fogo
e comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, comissáriochefe Francisco Ribas, interagiu, ontem, com moradores dos bairros Titanic, Sapu e Maria Eugénia Neto, onde assegurou a predisposição da corporação em tudo fazer para repor o sentimento de segurança, com a realização de várias operações.
Numa visita efectuada no âmbito das acções de combate ao crime violento, Francisco Ribas, ladeado por vários responsáveis da Delegação Provincial de Luanda do Ministério do Interior, defendeu maior colaboração da população na denúncia de jovens que, em vários bairros do município do Kilamba Kiaxi, têm feito assaltos em residências e na via pública, bem como criado transtornos à segurança e tranquilidade públicas.
Os efectivos da Polícia Nacional, assegurou, estão disponíveis e sempre prontos para atender as preocupações dos cidadãos, sendo necessário maior colaboração na prestação de informações que possam facilitar a identificação, detenção e responsabilização criminal dos autores de crimes.
A visita do comandante provincial da Polícia a bairros do Kilamba Kiaxi foi antecedida por uma reunião com os comandantes e responsáveis pela segurança pública, em que foram analisados os principais pro
Francisco Ribas fez saber que, na última semana, a corporação registou denúncias de moradores de bairros do Kilamba Kiaxi, preocupados com o índice de criminalidade
blemas que afectam a população e feitas recomendações para se i nverter o quadro da criminalidade, que, segundo reclamações dos moradores, tem tirado o sossego a muita gente.
Francisco Ribas fez saber que, na última semana, a corporação registou denúncias de moradores de bairros do Kilamba Kiaxi, preocupados com o índice de criminalidade.
Operação policial
A Polícia Nacional realizou, durante a madrugada de ontem, várias operações, com o objectivo de deter indivíduos que se dedicam à prática de assaltos em residências e ruas de bairros do Kilamba Kiaxi.
Durante as operações, foram realizadas rondas apeadas e em viaturas, em várias ruas do bairro Sapu e Maria Eugénia Neto, onde
interagiam com a população visando a busca de informações que permitissem identificar e deter os criminosos.
Os efectivos da Polícia interpelaram e revistaram indivíduos suspeitos que circulavam à madrugada, em becos de vários bairros.
Queixa dos moradores
Filomena Paulo, 36 anos, moradora do bairro Sapu, manifestou-se preocupada
com a existência de grupos de rixa, sobretudo os denominados "Cimeira” e “Baixeiras", que, com recurso a facas, catanas, garrafas e pedras, criam pânico, obrigando os moradores a permanecerem nas residências.
Pedro Paulino, 40 anos, morador do bairro Maria Eugénia Neto, disse que a presença constante da Polícia Nacional nas ruas vai inibir a acção dos criminosos e fazer com que a população durma com mais tranquilidade.
“Tem sido muito difícil conviver com a delinquência, muitos moradores pensam em procurar outro lugar mais calmo para viver com a família”, disse.
António Zua, morador da Sapu, contou à reportagem do Jornaldeangola que, recentemente, os marginais receberam-lhe o telefone, à noite, numa rua, tendo sido ameaçado de morte, com uma faca, caso reagisse. “Existem grupos, compostos por adolescentes e jovens, que lutam nas ruas e fazem muita confusão”.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, disse que os dois principais grupos de rixa são compostos por 30 a 40 elementos cada, alguns dos quais já estão detidos.
Nestor Goubel explicou que a maior parte dos integrantes de grupos de rixa não circula livremente, com medo de sofrer agressões físicas, que em alguns casos terminam em mortes.
Por orientação do comandante-geral da Polícia Nacional , explicou, foi criado um posto de comando, liderado pelo delegado do Ministério do Interior, que está a coordenar as acções operativas para reduzir a criminalidade.
A Polícia, segundo Nestor Goubel, que reconheceu a complexidade do território do Kilamba Kiaxi, devido à existência de zonas com muitos becos e sem iluminação pública, está a trabalhar para reforçar a segurança e a tranquilidade públicas.