Ernst & Young reconhece melhoria na ética e transparência
Os padrõesde integridade das empresas angolanas registaram melhorias, o que reflecte “progresso significativo na promoção de práticas éticas e transparentes”, ao mesmo tempo que se cria “um ambiente de negócios mais confiável e seguro em Angola”.
Esta conclusão é de um recente estudo promovido pela consultora EY (Ernst & Young), cujos resultados foram apresentados na última quinta-feira, em Luanda.
O estudo “Integridade: Quais os desafios do futuro?” demonstra uma diminuição no risco de branqueamento de capitais. Indica que as empresas estão a adoptar, cada vez mais, medidas efectivas de prevenção e combate a essa prática ilegal. Promovido pelo departamento de Forensic & Integrity Services da EY Angola, o estudo revela que 38 por cento dos participantes acredita que o risco de branqueamento está a diminuir.
Segundo os resultados do survey realizado em 2023, o departamento de Compliance desempenha um papel cada vez mais crucial na prevenção de risco financeiro, promovendo nas empresas acções de revisão de políticas e procedimentos, diligências de integridade e formação específica e diferenciada. Quase dois terços dos participantes (62 por cento) referem a importância de mitigar riscos legais, financeiros e reputacionais associados a práticas inadequadas ou antiéticas.
Mais da metade dos participantes referiu ocorrerem, frequentemente, comunicações sobre integridade (54%), observando-se um esforço consistente por parte das empresas, embora exista espaço para melhorias na frequência e alcance das comunicações para fortalecer a cultura de integridade organizacional de forma transversal, ao mesmo tempo que apoia na identificação de situações de inconformidade nas organizações.
Em comparação com o estudo realizado em 2022, observa-se um aumento de participantes que revelam estar dispostos a ignorar comportamentos antiéticos nas suas organizações. Se, no ano passado, 9,0 por cento dos participantes referiram estar dispostos a ignorar estes comportamentos. Este ano, o número subiu para 14 por cento. Recorde-se que ignorar comportamentos antiéticos poderá ser o primeiro passo para afectar o negócio das organizações e a sua reputação.