Jornal de Angola

Nova Divisão Político-administra­tiva é aprovada na generalida­de pela AN

Ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, prevê a entrada em vigor da Lei em 2025, ano de celebração dos 50 anos de Independên­cia

- Yara Simão

Com 101 votos a favor, 79 contra e duas abstenções, os deputados à Assembleia Nacional (AN) aprovaram, ontem, em Luanda, na generalida­de, a Proposta de Lei sobre a nova Divisão Político-administra­tiva (DPA) do país, durante a 4ª Reunião Plenária Extraordin­ária da 2ª Sessão Legislativ­a da V Legislatur­a do Parlamento.

O acto de votação foi antecedido de discussões, t endo os deputados do MPLA sublinhado a importânci­a da aprovação do diploma e a UNITA esclarecid­o as razões pelas quais estava a votar contra.

Durante a declaração de voto, o deputado Vigílio Tyova, do Grupo Parlamenta­r do MPLA, justificou que o partido votou a favor, porque o projecto sobre a nova Divisão Político-administra­tiva “consolida o processo de desconcent­ração administra­tiva e da institucio­nalização das autarquias locais, além de reduzir as assimetria­s regionais”.

Segundo ainda o parlamenta­r, a Proposta de Lei da DPA executa o Plano de Desenvolvi­mento Nacional e promove, também, uma maior cultura de municipali­zação da actuação da administra­ção. Em nome do Grupo Parlamenta­r Misto FNLA- PRS, o deputado Benedito Daniel considerou o voto a favor, pelo facto da Proposta de Lei honrar o compromiss­o com o povo, sobretudo com os soberanos das províncias do Moxico e Cuando Cubando.

“É i mportante que a Assembleia Nacional e o Executivo tenham em consideraç­ão os pedidos que têm sido feitos, em particular, os referentes às designaçõe­s das localidade­s ou da toponímia”, esclareceu.

Para o deputado Abel Chivukuvuk­u, do Grupo Parlamenta­r da UNITA, o voto contra da UNITA à proposta de iniciativa do Executivo prende-se com o facto de a Lei sobre a nova Divisão Político-administra­tiva não representa­r uma prioridade, nem i mportante para o desenvolvi­mento do país.

Ministro de Estado

A aprovação, na generalida­de, da Proposta de Lei sobre a nova Divisão Político-administra­tiva deixou satisfeito o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.

A Proposta de Lei de iniciativa do Titular do Poder Executivo, disse o ministro de Estado, prevê a entrada em vigor em 2025, ano em que o país celebra 50 anos de Independên­cia.

Ao dar resposta às várias questões dos deputados, Adão de Almeida realçou os vários projectos infra-estruturad­os desenvolvi­dos e implementa­dos desde 1978, com destaque para a província da Lunda-norte, citando, como exemplos, a Universida­de Lueji A’nkonde, Escola Superior Pedagógica, Faculdade de Medicina, de Direito, Escola Técnica do Cuango e a Centralida­de do Mussungue, com 5004 apartament­os.

O acto de votação foi antecedido de discussões, tendo os deputados do MPLA sublinhado a importânci­a da aprovação do diploma e a UNITA esclarecid­o as razões do voto contra

 ?? ARSÉNIO BRAVO | EDDIÇÕES NOVEMBRO ?? Proposta de Lei teve a maioria dos votos favoráveis do MPLA, enquanto a UNITA, maior partido na oposição, votou contra
ARSÉNIO BRAVO | EDDIÇÕES NOVEMBRO Proposta de Lei teve a maioria dos votos favoráveis do MPLA, enquanto a UNITA, maior partido na oposição, votou contra

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