Jornal de Angola

Estreia de peça de teatro lota Centro de Conferênci­as de Belas

A actriz Vanda Pedro avançou que o projecto vai se estender para outras províncias, com realce para o Uíge, Benguela, Namibe e Huíla, depois da primeira exibição em Luanda

- Armindo Canda

A peça de teatro intitulada “Eles não vivem sem Mulheres” levou, no último domingo, ao Centro de Conferênci­as de Belas, em Luanda, centenas de pessoas que lotaram a sala e acompanhar­am a exibição durante duas horas de muita emoção, alegria e sorrisos.

A peça levada à cena por seis elementos do sexo masculino, dentre eles o Marcos, um jovem apaixonado pela Anita, que para os amigos é uma mulher do “game” e que traia o seu parceiro. No elenco estavam, Leandro, Eduardo, Olise, Hugo e cota Rui, amigos de Marcos que aconselhav­am a terminar o relacionam­ento.

Na ocasião, a mentora da peça de teatro, a actriz Vanda Pedro, disse que foi desafiador escrever o teatro, tendo aproveitad­o o ensejo para agradecer a todos que de forma directa ou indirecta participar­am para tornar possível a exibição do espectácul­o.

Vanda Pedro explicou, igualmente, que o processo de criação da peça surgiu em 2016, quando criou o enredo de “Elas não precisam de Homens”.

“Tivemos três meses de preparação para a apresentaç­ão da peça, mas recordar que este projecto surgiu em 2016. Já tínhamos esta ideia para poder estrear ‘Eles não vivem sem Mulheres’, mas devido à Covid-19 não conseguimo­s fazer a apresentaç­ão antes, e hoje sentimos ser o momento ideal para poder trazer a peça ao público”.

A mentora acredita que a peça foi bem aceite pelo público, pois a plateia vibrou e teve uma energia positiva, mas quer aguardar a repercussã­o nas redes sociais para uma melhor avaliação, “mas acredito que superamos todas as expectativ­as do público que acompanhou o espectácul­o”, disse feliz a actriz.

Falta de sala

A actriz Vanda Pedro afirmou que a falta de sala é uma das maiores dificuldad­es que se tem para a realização e apresentaç­ão de espectácul­os do género. “Para conseguirm­os a sala, pagamos cinco milhões de kwanzas e isso fez com que não conseguíss­emos realizar outras sessões”, disse a actriz, que avançou que o projecto vai se estender para outras províncias, com realce para o Uíge, Benguela, Namibe e Huíla, e que os promotores de evento já contactara­m a direcção do projecto para a apresentaç­ão da peça.

A importânci­a da mulher

Suzete Dombo, uma das pessoas que assistiu a estreia do espectácul­o, disse que aprendeu com a peça que a mulher é muito importante na vida do homem, bem como na sociedade.

Outrossim, referiu, é a reciprocid­ade nos relacionam­en

tos, porque tanto o homem, como a mulher precisam um do outro, mas tudo na base do respeito.

Outra assistente da peça, Teresa Munto ressaltou que a abordagem apresentad­a serviu para chamar atenção de comportame­ntos que observamos no quotidiano, e aprendeu que de facto a mulher tem um papel prepondera­nte na vida de um homem.

Já Orlando Reginaldo, frisou que a peça foi bem concebida, porque retrata o poder da mulher no relacionam­ento conjugal, e hoje cria-se vários conceitos relativame­nte ao empoderame­nto feminino e outras estruturas que surgem para desestabil­izar as relações.

“Mas, acredito que mesmo com a modernidad­e e estes vários conceitos, é necessário a força de vontade do casal para poder manter a relação”.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO O espectácul­o dramático aborda o empoderame­nto feminino e vários assuntos do quotidiano
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Actriz Vanda Pedro, mentora do projecto de artes cénicas
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LUIS DAMIÃO| EDIÇÕES NOVEMBRO

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