Acções do INAC
Segundo Paulo Kalesi, o INAC realiza acções de sensibilização das famílias que usam a violência como forma de repreensão. "Os pais devem conhecer melhor os filhos. A agressão física não é um método de educação. Cada criança é uma criança, com o seu carácter e atitude. Não são as crianças que devem adaptar-se à educação dos pais. São os pais que devem adaptar-se à realidade de cada criança. Se percebermos isso, teremos uma sociedade melhor", sublinhou.
O INAC direcciona alguns pais para especialistas que ajudam a lidar com crianças hiperactivas ou com alguns transtornos de personalidade. "Muitas crianças autistas ou com o coeficiente de inteligência acima da média têm comportamentos diferentes. Para alguns pais, essas são atitudes desviantes que procuram mudar por meio de palmatórias e castigos severos. Daí surgirem casos de agressão física mom que acabam em ferimentos, queimaduras e, nas situações mais graves, em morte", lamentou. A i nstituição promove campanhas de sensibilização e envia para os tribunais os casos graves. Para o director do INAC, todos devem ser responsabilizados pelos actos i l í citos contra a criança. Porém,"muitas vezes deve se fazer um acompanhamento psicológico ao agressor para mudar a sua mentalidade, pois muitos repetem o acto mesmo depois de cumprirem a pena", lamentou. Para Paulo Kalesi, a violência não deve ser tolerada em nenhuma circunstância pois, "hoje deu um puxão na orelha, depois uma chapada e amanhã vai queimar o braço do menor ou até, o mais grave, matar". Para proteger a criança contra a violência, o INAC dispõe de uma linha telefónica SOS- Criança, com o número 15015, para a qual as pessoas podem ligar para denunciar qualquer tipo de violência contra os menores.